quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Feliz Natal!


David Fonseca e como é que ele consegue transformar uma música gasta (e estúpida) numa coisa verdadeiramente espectacular.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Demolidor

A Better Life (2011)
Analisando este filme friamente há temas que podiam ser melhor explorados (como os gangs) mas depois há todo um mundo contido em pouco mais de 90 minutos que nos comove e nos faz reflectir na realidade em que vivemos. É demolidor e forte. Vale a pena cada minuto.

Christmas season


Eu tenho as minhas músicas preferidas de Natal. Aqui estão elas. E estão em repeat nesta altura do ano. A única altura do ano em que para mim faz sentido ouvi-las. Todas na maravilhosa voz do Chris Martin. Uma cover (White Christmas) e uma dos Coldplay (Christmas Lights). Maravilhosas. Tenham um óptimo Natal e sejam felizes!

sábado, 21 de dezembro de 2013

Have Yourself a Merry Little Christmas

É dia 21 de Dezembro e eu sinto que ainda não entrei no espírito natalício que a época pede. Desde sempre me lembro de adorar o Natal principalmente quando tinha a casa cheia de gente. Pessoas próximas de quem gostava de coração. E sempre dei primazia ao companheirismo, à solidariedade, aos sorrisos e aos corações quentes no dia de Natal. Os presentes sempre ficaram para segundo ou terceiro plano e sempre gostei mais de dar do que receber. Não vou chegar ao ponto hipócrita de dizer que não gosto de receber presentes. Gosto, gosto muito, principalmente quando têm uma forte carga sentimental.
Este ano a casa vai estar mais vazia, vamos ser só quatro pessoas e isso é raro e estranho para mim. Deixa-me triste porque há muita gente que não está aqui e me faz muita falta. As saudades apertam. Saudades de abraços, de sorrisos e corações quentes. Saudades de pessoas que estão e estarão para sempre na minha história. Saudades de quem está longe mas voltará e saudades de quem partiu para sempre. Saudades de quem é parte de mim, incondicionalmente.
Desejo-vos a todos um Natal cheio de amor e paz, sorrisos e abraços.


"Through the years
We all will be together,
If the fates allow"

domingo, 15 de dezembro de 2013

Classe

Estão a ver aquele momento em que ficam quase anestesiados porque encontram uma coisa boa mas que alguém conseguiu transformar numa coisa (ainda mais) maravilhosa? Pois é, eu acabei de encontrar e estou completamente fascinada. Façam-me o favor de ouvir.


E tenham uma óptima semana!

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Direitos Humanos

Hoje celebram-se os direitos humanos. Não só hoje, mas todos os dias, é o nosso dever zelar por eles. É nosso dever falar, é nosso dever levantar a vós. Por nós. Pelos outros. Os Direitos Humanos devem ser respeitados por todos em qualquer parte do mundo, independentemente da religião, nacionalidade, orientação sexual ou qualquer característica que nos é própria e única.
A liberdade é o nosso bem mais precioso. Cabe-nos a nós preservá-lo e lutar para que ele seja concretizado em todo o lado. Está nas nossas mãos!
Hoje deixo-vos com isto. Pensem e repensem na mensagem que vão deixar para o mundo. Está nas vossas mãos fazer a diferença ou ser só "alguém".
Eu já fiz a diferença hoje. E mesmo que pensem que não, a diferença que fazem perto de casa pode mudar o mundo. Lutem-se e revoltem-se. Indignem-se. Saíam da vossa zona de conforto - dizem que é aí que a vida começa.
Sejam Humanos. Conheçam os vossos direitos. Lutem por eles. Por vocês e pelos outros.

sábado, 7 de dezembro de 2013

Genius!

Na pesquisa para um trabalho que estou a fazer encontrei um pequeno (grande) génio. Chama-se Logan LaPlante, tem (só) 13 anos e é de Lake Tahoe. E optou por um caminho incomum na sua educação. Já alguém por aí ouviu falar de homeschooling (unschooling, hackschooling, ...)? Admito que o meu conhecimento da área é reduzido e em Portugal este tema não tem grande espaço, pelo menos não até agora. Lembro-me apenas de ler uma entrevista de uma mãe que ensinava os seus próprios filhos, não se guiando pelo sistema de educação do seu país. Não me recordo de que revista foi, mas a senhora em questão não era portuguesa, disso eu recordo-me.
Mas vamos ao Logan LaPlante. Este rapazinho de treze anos é um hackschooler com o apoio dos pais e dos amigos. E no que consiste o hackschooling? O hackschooling consiste em dar primazia à saúde e à felicidade, o que não parece ser uma grande preocupação nas escolas nos dias de hoje.
Este vídeo trouxe-me uma lufada de ar fresco. São ideias novas, brilhantes, prontas para serem experimentadas, aplicadas, usadas. Prontas para errar. Prontas para serem testadas outra vez, com melhorias. Prontas para funcionar. Vejam o vídeo, dispensem uns minutinhos da vossa vida para isso porque merece totalmente o tempo que tem. É bom, é muito bom ver que esta pode ser a nossa futura geração.


Talvez com jovens como estes possamos alargar as definições que temos de educação e consequentemente os nossos horizontes. E digam-me lá se ele não é um génio? Uma à vontade em palco, uma certeza e segurança impressionantes.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Obrigada Madiba!


Estou sem palavras e não vou dizer muito. Este senhor era um das pessoas que eu mais admirava, desde sempre. Um exemplo de força, de vitória, de querer e de amor. Um sinónimo de liberdade. A parte boa do mundo. Ele quebrou barreiras e fez do mundo um sítio muito melhor para se estar.
Inspirou-me. A sua vida e o seu legado inspirou-me.
Partiu hoje, com 95 anos. Mas deixou-nos uma obra eterna: a liberdade. A sua obra mais grandiosa. A sua marca no mundo.
E eu podia escrever aqui sobre o quanto o admiro, sobre a pessoa grandiosa que foi. Talvez um destes dias... Obrigada Madiba! Obrigada por teres mudado o mundo.
OBRIGADA MADIBA!

domingo, 17 de novembro de 2013

Alex Marques


Hoje podia lamentar-me aqui sobre a derrota do meu clube, sobre o ciclo de derrotas em que o meu clube se encontra e que me deixa triste ou sobre a carga polícial. Mas não vou falar de nada disso.
Agora apenas lamento a morte de um jogador, de um atleta, de um Homem, de um jovem. Hoje é isso que lamento. E é isso que me deixa triste. A vida é efémera e madrasta e com 20 anos não se vive tudo. É injusto que assim seja. Mas é assim que é. Agora resta-nos apenas lamentar, não só pelo Alex mas pelas vidas que se perdem todos os dias. As minhas mais sinceras condolências à família, aos amigos e ao Tourizense.

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Este é dos filmes que não se vê. Vive-se. Intensamente e abala as nossas convicções quanto à segurança em que pensamos viver. Perturba. Faz-nos sentir culpados, não só pela Natascha mas por qualquer outra pessoa que se encontre numa situação assim. Tem uma forte carga emocional. E dói, dói muito.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

"We don't forget"

Foto daqui
Estava a visitar alguns blogs e encontrei esta foto n'O Lado V e achei que fazia todo o sentido publicá-la aqui hoje. Não queria voltar a falar do mesmo outra vez, as arbitragens e isto e aquilo. Mas tenho de falar, vou fazê-lo brevemente porque cansa.
O Vitória hoje sofreu a primeira derrota na Liga Europa. A culpa não foi só da arbitragem mas foi muito devido à (má) arbitragem. E isso deixa-me irritada. Porquê? Porque me custa saber que há uma equipa que dá tudo de si para que terceiros decidam o jogo, há milhares de adeptos (eu incluída) a sofrer e a vibrar para ver um bom jogo de futebol e no final não o vê porque há uma presença indesejada de quem devia ser profissional mas não é. Avisem-me quando se aperceberem que para que o futebol se torne mais bonito e melhor, as arbitragens têm, obrigatoriamente, de contribuir para isso.
Falam de fair-play mas a verdade é que não fazem a mínima ideia do que isso é. Mas lembrem-se... We don't forget!

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

GOOOO BOYS!


Vocês são grandes, enormes, colossais. Nós acreditamos em vocês. E não podia haver clube e cidade melhor do que vocês (e nós) para representar Portugal. Por isso vão e façam o que de melhor sabem. Nós vamos estar aqui a torcer por vocês, incondicionalmente.
FORÇA MEU VITÓRIA!

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Diana


Esperava-se muito. Foi muito pouco. Filme fraquinho que deixa muito a desejar. Não me parece que honre a memória de uma mulher tão importante como o foi a princesa Diana. Baseado em boatos transforma a sua vida numa espécie de telenovela. Não gostei nem aconselho.

Ainda assim há que admitir e é inegável: nada a apontar a Noami Watts, está fantástica, fez um trabalho muito bom. Está mesmo de parabéns!

domingo, 29 de setembro de 2013

PARABÉNS CAMPEÃO!



Primeiros foram os parabéns pela tua melhor classificação de sempre, agora é tempo de te dar os parabéns pela tua vitória hoje e por seres o primeiro português a vencer o título num evento ATP. E hoje tenho o coração cheio de orgulho por ti, por seres também de Guimarães e por honrares muito bem o nome do nosso país e da nossa cidade. Não nos deixas ficar mal, obrigada por isso!

És uma inspiração João, um campeão. Muitos parabéns e que o resto da tua carreira seja recheada de vitórias e conquistas, tu mereces! Para mim, já és o melhor tenista português de todos os tempos!

(É só de lamentar que atletas como o João Sousa que elevam o nosso nome lá fora e o fazem muito bem não tenham apoios, não tenham patrocinadores e tenha tudo de sair do seu próprio bolso. É por não valorizarmos o que Portugal tem de melhor que está tudo sempre na mesma.)

sábado, 28 de setembro de 2013

O Cancro do Futebol Português - Parte II

O sistema. Outra vez. Pela segunda vez em duas jornadas consecutivas vemos o sistema a trabalhar em beneficio dos "do costume". Mas nem quero falar deste jogo em concreto. Quero falar deste assunto de uma forma um bocado mais geral.
Eu tenho coisas a dizer: eu não vou ao estádio à dois dias, vou ao estádio à anos, pago as minhas quotas todos os meses, pago o meu lugar anual todas as épocas, gasto muito dinheiro em bilhetes para jogos fora, para não contabilizar o preço das viagens. Note-se uma coisa: eu não me estou a queixar. Eu faço-o com muito orgulho porque acredito no Vitória, faço-o porque sei que estou a tornar uma coisa que gosto - o futebol - numa modalidade ainda mais bonita e mais apaixonante. Se não façamos uma pergunta: o que é um jogo de futebol com as bancadas vazias?
Mas ao longo deste tempo vejo o futebol português em decadência e pouca gente ou ninguém interessado em mudar disto. Estão a transformar o futebol num negócio.
Eu, como adepta, sinto-me mal com isto. Eu pago para quê? Pago porquê? Para ver o meu clube ser prejudicado em interesse de outros? Ver um jogo decidido por terceiros? E esses "terceiros" não serem punidos pelos maus profissionais que são?
Erros todos cometem, é humano, não somos perfeitos. Mas é engraçado que a maioria dos erros sejam cometidos de forma a beneficiar os tais "grandes". Basta um treinador falar das arbitragens no jogo anterior e no seguinte já está tudo resolvido e depois não vêm nada, passa tudo ao lado. É triste, dá má imagem ao nosso futebol e pior: as pessoas perdem o interesse em ir ao futebol porque os resultados já estão praticamente decididos.
Eu não tenho mau perder. Eu sei perder e se a equipa adversária ganhar com mérito eu sou a primeira a dar os parabéns e a apontar os erros. E não é porque perdemos hoje que me estou a queixar outra vez das arbitragens. Estou a falar porque cansa, já chega de tentarem tornar o futebol num negócio. Chega de dois pesos e duas medias. Chega da merda da dualidade de critérios.
Está mais do que na hora de tratar todos os clubes de forma igual, todos os treinadores de forma igual, todos os adeptos de forma igual. Chega de branquear os comportamentos de uns e culpar os outros. Está na hora de haver respeito por todas as equipas, está na hora do fair-play. Chega de merdas!
E desculpem-me se não sou politicamente correcta, mas não me parece que haja muito por onde o ser. As situações cansam. Nós lutamos, nós damos o litro em campo, nós somos fortes. Por isso parem de nos fazer remar sempre contra a maré!
Mas como já se diz à muitos anos: o que não nos mata, só nos torna mais forte. O caminho é para a frente Vitória! Continuo a ter muito orgulho quando digo que aconteça o que acontecer sou do Vitória até morrer!

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

O Cancro do Futebol Português

Há coisas que nos dão a volta ao estômago, os atentados ao bom futebol são uma dessas coisas. Há um ponto fundamental para o futebol bonito: a arbitragem. É crucial que um jogo seja bem arbitrado para ser bom. E o jogo de ontem foi mal arbitrado. Habituados a jogar contra 14 com uns tais vermelhos já nós estamos, não é novidade. Mas cansa! Não só cansa o constante roubo, mesmo em nossa casa como também cansa que ninguém pare isto. Poucas posições são tomadas contra, quase que o incitam. É vergonhoso e tira credibilidade ao futebol português.

Mas há ainda mais do jogo de ontem: os tais vermelhos que demonstraram a 26 de Maio que não sabem perder (não vale a pena falar do triste espectáculo Cardozo - Jesus) demonstraram ontem que também não sabem ganhar. Pobres coitados. E selvagens. Houve para todos os gostos: invasão de campo, cadeiras pelo ar, petardos... E depois um treinador tresloucado que não se sabe comportar, que acha que é diferente de qualquer outro cidadão e por isso tem alguma autoridade sobre a própria autoridade. Triste espectáculo, mais um.

Só mais um ponto para terminar porque há assuntos que nos enjoam mesmo: hoje é o triste espectáculo da comunicação social. É o dia de branquear os comportamentos de ontem porque Deus nos livre de ver o Benfas ser crucificado em praça pública, são coisas que não acontecem. Porque os hooligans e selvagens somos nós, não são os tais que invadem o campo ou o treinador que se acha superior ao mais comum dos mortais. Até agora só vi as capas de jornais e uma ou duas notícias online mas nada que me surpreendesse. Não vi nenhuma capa a dar ênfase e destaque ao comportamento dos benfiquistas e de Jorge Jesus. É só mais do mesmo. Caso fosse ao contrário, era notícia de última hora e tínhamos já 10 jogos à porta fechada, treinador suspenso com o máximo de tempo permitido pela lei e uma multa astronómica. Mas não fomos nós. Foram eles e eles têm as costas bem quentes. Mas há uma coisa que não podem ter: orgulho naquilo que são. O que aconteceu ontem foi vergonhoso, até para mim - é triste ter um clube com adeptos daqueles em Portugal. E dizem-se gloriosos? Para serem gloriosos tinham de ter honra e isso é coisa que vos falta.

E agora dois pontos positivos: as palavras de Leonardo Jardim que disse que "é hipócrita os três grandes falarem das arbitragens". Mostrou um carácter admirável.
O segundo ponto positivo e muito importante, que eu não poderia deixar de referir: a "minha" equipa está outra vez de parabéns, obrigada vezes mil por encherem o meu coração de orgulho. É disto que gosto: que vocês se esforcem, façam tudo pela camisola, honrem o Rei.

77!


Parabéns João pela tua melhor posição no ranking mundial: 77º. És um orgulho para todos os vimaranenses! Obrigada!

22 de Setembro de 1922


Contamos hoje noventa e um anos de história. Noventa e um anos a remar contra a maré, a lutar contra tudo e todos. Noventa e um anos a sofrer mais do que o merecido. Mas são sobretudo noventa e um anos de muito amor e dedicação porque talvez seja esse o nosso mais forte alicerce. O amor!
Dizem-nos que isto é passageiro e é estupidez, apoiar um clube, sofrer por um clube com tudo o que isso nos traz, de bom e mau. Há as noites mal dormidas, as más disposições, o nervosismo, o dinheiro envolvido e todo o cansaço... Mas há o lado bom de tudo isto, o lado muito bom e que compensa o outro. O orgulho que sentimos no nosso coração que quase o faz rebentar é das melhores sensações do mundo. Entrar no nosso estádio, com todas aquelas pessoas em sintonia connosco - porque estamos todos a defender o mesmo - paga todo o lado mau que isto possa ter. E vale a pena, todos os dias vale a pena por muito que me tentem convencer do contrário.
É nisto que eu acredito!
Para a frente é o caminho meu Vitória, e aguarda-nos um futuro risonho. Porque somos grandes, somos únicos. E estamos mais vivos do que nunca, façam-nos funeral 20 vezes se quiserem, somos conquistadores por natureza.

(Este post devia ter sido escrito ontem mas não vim ao pc, por isso ficou para hoje. De qualquer forma, o Vitória faz parte de mim todos os dias, é eterno!)

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Uma diva portuguesa

Há mulheres que são bonitas toda a vida. A verdade é que são poucas as que se mantêm tão bonitas aos 75 como foram aos 30. Talvez não seja aquela beleza física que tanto apreciamos. Talvez seja um brilho especial no olhar ou um sorriso que nos inspira que faça a beleza aos 75 anos.
A Simone de Oliveira tem 75 anos e é linda. É linda agora como foi linda aos 30. Esta Simone é tão linda como era a outra Simone e eu, muito sinceramente, não consigo não ser fascinada por ela. Há pessoas que nós gostávamos mesmo de conhecer porque admiramos mesmo muito. Esta senhora eu gostava de conhecer porque é forte, é única, tem uma personalidade fantástica. Não se rebaixa e se alguém a crítica não baixa a cabeça. Admite os seus erros, a sua vida e segue em frente, sempre melhor.
Esta senhora é linda. E eu admiro-a. E um dia quero conhecê-la, perguntar-lhe como é que se consegue ser tão fantástica. Admiro-a, é forte, poderosa, linda, maravilhosa e inspiradora.

Obrigada Simone por seres um exemplo, por seres tão grande.


(A entrevista que li na sala de espera do dentista e, claro, adorei!)

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Foi a tua noite, capitão!


É, eu sei que há muita gente que não gosta dele. Também sei que há muitos portugueses que não gostam dele e o insultam se for preciso e que são da opinião de que ele tem de levar a equipa às costas em todos os jogos, como se não fossem 11 a jogar, como se fosse só o Ronaldo. Essas mesmas pessoas que chegam até à estupidez de insinuar que ele está-se nas tintas para a selecção e que é demasiado vaidoso (o homem é bonito, que é que ele vai fazer?) são as mesmas pessoas que não lhe sublinham a vitória, o que ele faz pela nossa selecção, pelo nosso país. Esquecem-se disso, o que interessa é quando ele falha.

Não sei bem o que leva as pessoas a criticá-lo. Aliás, saber sei. É inveja. Inveja de que um português chegue onde eles nunca irão chegar, nem em sonhos. Toda a gente conhece a história dele. E a história dele não é fácil, não é a história da Carochinha. Não nasceu rico, nasceu sem nada. E quando era ainda uma criança mudou-se sozinho para Lisboa, para alcançar o seu sonho. E conseguiu! Com mérito, trabalho, dedicação. Não há como o negar.

Hoje a noite foi dele, outra vez. Hoje foi mais uma vez uma fonte de inspiração para mim. Não foi o melhor jogo de sempre ou os melhores golos. Mas há outras coisas que admiro nele e que fazem com que ele seja um ídolo para mim. Este homem tem uma capacidade psicológica admirável. Não vai abaixo mesmo quando não está a 100%, mesmo quando está com dificuldades. E é impressionante a capacidade que ele tem de catalisar o que de negativo está à volta (falo dos assobios e dos gritos por Messi por parte dos irlandeses) para fazer melhor. Ele usa isso para se motivar, para ser melhor, para crescer. E isso é complicado, só mentes fortes o conseguem. E ele consegue fazê-lo, magistralmente. Ele responde com classe. Isso, aliado ao excelente e árduo trabalho e um talento natural faz dele um jogador inigualável, único e sem dúvida, o melhor.

Tenho pena, muita pena que nem toda a gente veja isso. Tenho ainda mais pena que o continuem a achar arrogante, ele já deu provas do contrário, que é uma pessoa humilde. Mas valoriza-se, sabe que é bom, tem confiança em si. E se acham que ser humilde é baixar a cabeça e dizer "ah, eu não sou nada bom" então vocês são uma merda. Perdoem-me a arrogância também!

Tenho um orgulho inabalável em ti, capitão. E serás sempre o melhor para mim, assim como uma fonte de inspiração. Se fossem todos como tu, com certeza o futebol era ainda mais bonito. Obrigada por tudo o que fazes pela nossa selecção e pelo nosso país, obrigada por honrares a nossa camisola!

Parabéns também à nossa selecção e aos nossos jogadores, hoje foi um passo importante. Levem-nos ao mundial e tragam o raio do caneco para casa que já vem atrasado! E ignorem as críticas, as vozes que não sabem o que dizem. Se vocês derem tudo, se vocês derem 200% quando acham que só podem dar 100%, se vocês honrarem a camisola que vestem, eu fico orgulhosa.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

2 milhões de refugiados

Há uma teoria que afirma que já alguém disse aquilo que queremos dizer, é por essa frase que vou começar este post:

"Consideram a guerra necessária? Muito bem. Enviem aqueles que apregoam a guerra numa legião especial de vanguarda - ao ataque, à frente de todos os outros" - Alphonse Karr

Há realidades que me chocam, que fazem com que o meu coração fique muito apertado. A realidade na Síria faz isso comigo neste momento, faz-me sentir impotente, fraca, produto da sociedade de merda em que vivemos. A verdade é que eu estou aqui sentada, a escrever não sei para quem, num computador caro, com um telemóvel caro, um relógio caro sem fazer nada para melhorar o mundo. A verdade também é que todos vocês fazem o mesmo. Somos todos culpados mas não somos nós quem arca com as consequências.

São eles. Eles que também tinham uma família, uma casa, um pai e uma mãe. Eles que tinham um irmão que adoravam e uma  vida em que eram felizes. Eles que tinham talvez até um cão que dormisse com eles porque gostavam tanto do cachorrinho que não o queriam largar. Eles tinham isso tudo, tinham menos que nós e eram felizes. Provavelmente enquanto nós passamos a vida agarrados a um computador eles estavam a provar a vida de verdade, a jogar à bola descalços com os amigos que iam ser para a vida. Eles tinham um companheiro, um marido, um namorado ou uma namorada que amavam e por quem davam a vida.

A maioria de nós vê a vida desmoronar-se aos bocados: hoje perdemos o emprego ou falhamos num teste, para o próximo mês pedimos o divórcio, daqui a meio ano morre-nos o cão... Vemos a vida desmoronar-se hoje e amanhã e pelo meio dizemos que somos uns desgraçados e que tudo nos acontece tão rápido que nem é culpa nossa realmente, é culpa da puta da vida. Essa vaca que faz com que o nosso smartphone caia ao chão e se parta em pedaços. Desgraçados que somos! Agora vamos ter de gastar mais 700€ noutro, injustiça!

Mas aqueles dois milhões viram tudo ser-lhes tirado em pouco tempo para sofrerem por muito tempo. Uma vida inteira, aqueles que têm direito a vivê-la. E os que têm esse privilégio (?) ficam sem nada. Não é sem o smartphone topo de gama ou sem as sapatilhas da Nike que são o último grito. Tenho a certeza que eles preferiam que assim fosse. Mas não, não é assim. Tiram-lhes o que de mais valioso se pode ter na vida: a família, os amigos e o amor. É com isso que eles sofrem.

Muitos viram a mãe a ser morta, tiveram o pai e o irmão a morrer-lhes nos braços. Outros viram os filhos morrer, esses que deviam ter uma vida pela frente. Viram ainda o marido a suspirar pela última vez, com quem casaram por amor. Deixaram de viver naqueles momentos. E creio que a maioria não vai recuperar a essência da vida. Mesmo que o coração bata, só existem, são só corpos com cicatrizes irreversíveis, com as memórias mais horríveis que possamos imaginar.

E agora é tempo de eu fazer uma pergunta, só uma a que provavelmente ninguém me vai dar resposta algum dia: tudo isto é em nome de quê?

Não sei em nome de que é que se destroem vidas, lares e famílias com tanta frieza e naturalidade. Como se fosse a lei da natureza, como se a guerra fosse necessária para fazer paz. Só gostava que esses filhos da puta sem coração que acham que sim, que apregoam a guerra, que a defendem pensassem nas respectivas famílias: pensem na mulher ou no homem que vos está a fazer o jantar em casa, nos vossos filhos que vos chamam para brincar, nos vossos irmãos que são companheiros na vida e em tudo, nos vossos pais que sempre vos trataram com carinho e amor e vos deram tudo sem pedir nada em troca, nos vossos amigos de jantares e de festas. Pensem neles todos, que fazem parte da boa parte da vossa vida. E façam a pergunta a vocês próprios: e se fossem eles? Aqueles que odeiam toda a espécie humana e apregoam a guerra, o uso de armas químicas, que querem destruir o mundo, atirem-se ao rio, ingiram 10 frascos de comprimidos. Ninguém quer saber disso realmente.

É por situações como estas que eu quero fazer voluntariado em países desfavorecidos como é o caso da Síria, em que o terror e o medo é o dia-a-dia daquelas crianças, daquelas mulheres e homens que não fizeram nada para que lhes destruam o mundo. É por isso, com a esperança de que talvez eu possa fazer sorrir um daqueles refugiados, com a esperança de que talvez um dia possam esquecer nem que seja por uma ténue fracção de segundos tudo o resto e sejam felizes, que esqueçam o medo, o sangue, o terror, o sofrimento e se limitem a ser felizes, a sorrir, a viver.

Todos temos o direito à vida. Todos somos seres humanos, todos temos um coração, um cérebro, um corpo. Todos merecemos viver livres. E ninguém, mas ninguém mesmo tem o direito e o poder de destruir vidas assim, destruir vidas de milhões de pessoas.

E nós temos o dever de ajudar. O dever de ajudar dois milhões de pessoas. O dever de fazer deste mundo um lugar mais agradável. Talvez não possamos parar a guerra, talvez não tenhamos metralhadoras, tanques de guerra, armas químicas, aviões e granadas. Não, nós não temos nada disso porque isso nem é preciso. Mas temos uma coisa muito importante: carácter. E também porque vivemos num mundo em que temos o direito de nos exprimirmos, temos o direito (e dever) de levantar a nossa voz para poder mudar o mundo. Se não for mais, o mundo daqueles dois milhões de pessoas e o mundo de todas aquelas que passam por algo semelhante e que têm o sofrimento como pano de fundo da sua vida. 






quarta-feira, 14 de agosto de 2013

10 - 0 nas bancadas, para os branquinhos!


Há muita coisa que se podia dizer sobre o jogo da Supertaça do passado sábado (eu sei que já é "quarta", eu sei, mas mais vale tarde do que nunca!) mas há algumas coisas que são essenciais e não podem deixar de se dizer.

Em primeiro, os meus sinceros parabéns ao Porto pela merecida vitória.

Mas o mais importante: dentro daquele estádio viveu-se um ambiente único, a verdadeira essência do futebol estava ali. O fair-play marcou presença! No início do jogo os jogadores de ambas as equipas juntaram-se para uma foto conjunta. Fora dos relvados foi o espectáculo dentro do espectáculo. E eu tenho de falar dos meus! Eu estava lá e saí do estádio verdadeiramente arrepiada com os últimos minutos do jogo. Apesar de estarmos a perder por 3-0, de estar a perder a Supertaça (e ter plena consciência de que não íamos conseguir dar a volta ao resultado) toda a gente (toda mesmo!!) se levantou das cadeiras e ergueu a voz, o mais alto que podia. Nos últimos minutos fomos nós quem fez verdadeiramente a festa. E é por estas e por outras que nós somos únicos e não há como dar a volta a isso!

Somos os melhores adeptos do país e não sei como continuam a existir dúvidas disso. Foi muito bom ler todos os comentários positivos de adeptos de outros clubes, mesmo adeptos portistas que disseram que estavam lá no estádio, a equipar o azul da sua equipa mas que nós... bem, nós fomos fantásticos. E isso é fenomenal, porque nós somos suspeitos para falar mas quando os outros nos dizem que somos realmente brilhantes, mesmo que já o saibamos de antemão, é a confirmação, o reconhecimento.

Estivemos lá, perdemos, foi duro, difícil, mas ainda assim nós temos honra, carácter, respeito. Ainda assim apoiamos, porque quando se ama é incondicional. E ainda que estivéssemos frustrados sabíamos que aqueles homens extraordinários que tinham o Rei ao peito mereciam o nosso apoio e precisavam dele mais do que nunca.

Ser adepto quando se ganha é muito fácil, é fácil dizer "Sou do Vitória com orgulho" depois de uma grande conquista. É fácil ser adepto de vitórias, de resultados positivos. Mas é muito difícil ser adepto quando as coisas correm mal. E ainda que corram mal dizer "Sou do Vitória com orgulho até morrer, ou depois disso". E esses somos nós, somos nós vitorianos, que estamos sempre presente. E isto é difícil, um percurso duro mas que ainda assim nos orgulhamos de percorrer. É difícil mas eu sou da opinião de que também se fosse fácil seriam outros, não nós.

Uma última coisa, não menos importante. A dignidade da equipa vitoriana no final foi de louvar. Não que eu não soubesse já que ia correr assim, que iam respeitar o adversário, mas nunca é demais sublinhar a importância destas acções quando há uns dias uns vermelhos que dizem ser muito gloriosos tiveram a atitude que tiveram. Não é uma indirecta, não gosto disso. Já toda a gente sabe que o Benfica teve uma atitude vergonhosa no final do jogo, foram indignos de estarem sequer presentes numa final com tamanho significado e importância no panorama do futebol português. O ditado diz que só dos vencedores reza a história. A maioria das vezes concordo com esta afirmação. Mas quando um jogo ocorre como ocorreu no sábado e o vencido é tão digno e honrado, a lenda reza também do vencido. Não pelo resultado, mas pelo carácter.


Com tudo isto eu não quero dizer que gosto do FC Porto. Não, de forma nenhuma. O Porto é-me totalmente indiferente, odeio como qualquer outro clube à excepção do meu. Mas neste jogo mereceram respeito. Porque houve fair-play de parte a parte e foi bonito de ver porque é raro no futebol.

Mas nós também merecemos respeito, merecemos muito respeito! E está na altura de começarmos a ser respeitados porque o Vitória já demonstrou ser um clube com uma grandiosidade ímpar, assim como a sua massa associativa. Somos um caso único em Portugal, os melhores dos melhores.

Espero que as coisas continuem assim e que esta euforia, esta união e apoio permaneçam, porque os campeões aqui em baixo merecem.



sexta-feira, 9 de agosto de 2013

E que o dia de amanhã seja gravado a letras de ouro


Amanhã o Vitória tem nova oportunidade de fazer história. Estes senhores são os conquistadores de 88, que trouxeram a Supertaça para Guimarães, derrotaram o adversário que vamos enfrentar amanhã: o FC Porto. E este é o nosso único obstáculo para gravar o dia 10 de Agosto de 2013 a letras de ouro.
A 26 de Maio do corrente ano, no Jamor, uma equipa jovem e algo inexperiente deu uma enorme lição a toda a gente: mais do que os milhões, os nomes e o favoritismo há coisas infinitamente mais preciosas e isso é a garra, o amor à camisola, a honra, a força, o querer e a vontade. E foram essas qualidades que os levaram a ganhar o jogo!
Amanhã vai jogar um Vitória renovado, igualmente jovem, igualmente inexperiente mas quero acreditar que é um Vitória igualmente campeão. Não nego a dificuldade deste jogo, vamos jogar contra o tri-campeão e toda a gente sabe que há muito mais do que aquilo que se passa dentro das quatro linhas. Há uma vertente psicológica em tudo isto. E eu sei que há muita gente que não acredita neles, nesta equipa. Há gente que acha até que a Taça de Portugal foi sorte e como todos sabemos a sorte não dura para sempre.
Eu sou da opinião contrária. Eu sou das que acreditam e sei que há muita gente que está comigo, gente que vai estar em Aveiro a dar-lhes força e energias positivas. Porque amanhã é dia de jogo e de conquistas e nós não podemos ficar sentados em casa a ver o jogo na televisão porque somos mais que isso, somos muito mais que isso e é o que faz de nós únicos. Amanhã podemos não ser 20000 mas eu quero acreditar que vamos parecer muitos mais que isso. E digo-o porque como vitoriana que sou, sei do que todos somos capazes por este clube.
E acima de tudo, eu sei que amanhã, independente de voltarmos para o Berço com uma vitória ou uma derrota, continuamos todos a ser vitorianos, e no sábado seguinte estaremos no estádio do Rei para mais uma jornada. Só pedimos uma coisa: que a equipa que está em campo dê tudo por tudo para vencer este jogo, que honre o símbolo, que nos faça sentir orgulhosos. Porque se tudo isso acontecer, se houver vontade da vossa parte, os nossos aplausos estarão lá no fim. O nosso apoio e o nosso amor é infinito.
Vençam por nós e porque vocês para que no fim sejamos todos campeões.

P.S.: Uma má escolha do árbitro Artur Soares Dias para este jogo. Um árbitro do Porto e portista. Um árbitro que não gosta do Vitória. Um árbitro que fez a vergonhosa arbitragem no Braga - Vitória que ninguém esquece. Um árbitro que desde aí devia ter sido irradiado do futebol e que ao invés disso está a arbitrar a Supertaça. Há coisas que por muito que eu me esforce não consigo perceber. Esta nomeação é uma delas. Espero que me cale e tenha uma prestação imparcial. Ainda assim duvido imenso disso, já vimos a falta de carácter dele muitas vezes. Enfim. A festa do futebol não é isto. Ou não devia ser.

P.S.2: Uma boa viagem a todos os vitorianos que irão para Aveiro amanhã, como eu, e espero que venhamos todos com sorrisos estampados no rosto!

sexta-feira, 26 de julho de 2013

"Namora uma rapariga que lê. (...) Ou, melhor ainda, namora uma rapariga que escreve"

"Namora uma rapariga que lê. Namora uma rapariga que gaste o dinheiro dela em livros, em vez de roupas. Ela tem problemas de arrumação porque tem demasiados livros. Namora uma rapariga que tenha uma lista de livros que quer ler, que tenha um cartão da biblioteca desde os doze anos.
Encontra uma rapariga que lê. Vais saber que é ela, porque anda sempre com um livro por ler dentro da mala. É aquela que percorre amorosamente as estantes da livraria, aquela que dá um grito imperceptível ao encontrar o livro que queria. Vês aquela miúda com ar estranho, cheirando as páginas de um livro velho, numa loja de livros em segunda mão? É a leitora. Nunca resistem a cheirar as páginas, especialmente quando ficam amarelas.
Ela é a rapariga que lê enquanto espera no café ao fundo da rua. Se espreitares a chávena, vês que a espuma do leite ainda paira por cima, porque ela já está absorta. Perdida num mundo feito pelo autor. Senta-te. Ela pode ver-te de relance, porque a maior parte das raparigas que lêem não gostam de ser interrompidas. Pergunta-lhe se está a gostar do livro.

Oferece-lhe outra chávena de café com leite.

Diz-lhe o que realmente pensas do Murakami. Descobre se ela foi além do primeiro capítulo da Irmandade. Entende que, se ela disser ter percebido o Ulisses de James Joyce, é só para soar inteligente. Pergunta-lhe se gosta da Alice ou se gostaria de ser a Alice.
É fácil namorar com uma rapariga que lê. Oferece-lhe livros no dia de anos, no Natal e em datas de aniversários. Oferece-lhe palavras como presente, em poemas, em canções. Oferece-lhe Neruda, Pound, Sexton, Cummings. Deixa-a saber que tu percebes que as palavras são amor. Percebe que ela sabe a diferença entre os livros e a realidade – mas, caramba, ela vai tentar fazer com que a vida se pareça um pouco com o seu livro favorito. Se ela conseguir, a culpa não será tua.
Ela tem de arriscar, de alguma maneira.
Mente-lhe. Se ela compreender a sintaxe, vai perceber a tua necessidade de mentir. Atrás das palavras existem outras coisas: motivação, valor, nuance, diálogo. Nunca será o fim do mundo.
Desilude-a. Porque uma rapariga que lê compreende que falhar conduz sempre ao clímax. Porque essas raparigas sabem que todas as coisas chegam ao fim. Que podes sempre escrever uma sequela. Que podes começar outra vez e outra vez e continuar a ser o herói. Que na vida é suposto existir um vilão ou dois.
Porquê assustares-te com tudo o que não és? As raparigas que lêem sabem que as pessoas, tal como as personagens, evoluem. Excepto na saga Crepúsculo.
Se encontrares uma rapariga que leia, mantém-na perto de ti. Quando a vires acordada às duas da manhã, a chorar e a apertar um livro contra o peito, faz-lhe uma chávena de chá e abraça-a. Podes perdê-la por um par de horas, mas ela volta para ti. Falará como se as personagens do livro fossem reais, porque são mesmo, durante algum tempo.

Vais declarar-te num balão de ar quente. Ou durante um concerto de rock. Ou, casualmente, na próxima vez que ela estiver doente. Pelo Skype.
Vais sorrir tanto que te perguntarás por que é que o teu coração ainda não explodiu e espalhou sangue por todo o peito. Juntos, vão escrever a história das vossas vidas, terão crianças com nomes estranhos e gostos ainda mais estranhos. Ela vai apresentar os vossos filhos ao Gato do Chapéu e a Aslam, talvez no mesmo dia. Vão atravessar juntos os invernos da vossa velhice e ela recitará Keats, num sussurro, enquanto tu sacodes a neve das tuas botas.
Namora uma rapariga que lê, porque tu mereces. Mereces uma rapariga que te pode dar a vida mais colorida que consegues imaginar. Se só lhe podes oferecer monotonia, horas requentadas e propostas mal cozinhadas, estás melhor sozinho. Mas se queres o mundo e os mundos que estão para além do mundo, então, namora uma rapariga que lê.
Ou, melhor ainda, namora uma rapariga que escreve."

Por Rosemary Urquico.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Quando se recebe notícias destas, se vê estes vídeos arrepiantes como este e se tenta imaginar a dor e o pânico daqueles que se aperceberam do acidente (os que se aperceberam que era o fim das suas vidas quando um segundo antes tudo estava bem) nós também morremos um bocadinho, há um bocadinho do nosso coração que desaparece. Apesar de sabermos que a morte é inevitável é só quando ela nos atinge "de frente" e quase fala connosco que nos apercebemos do valor que ela tem e é também quando nos lembramos que estamos aqui de passagem e que a vida é fugaz, transitória. Dói pensar nisso, que o mundo pode acabar em 10 segundos. Mas para eles acabou, tudo acabou para sempre. E quando me apercebo disso um bocadinho de mim vai com eles.

"A infância não é beleza"

Os concursos de beleza feminina infantis são realizados maioritariamente nos EUA. Hoje por mero acaso fui procurar algumas imagens na internet de miúdas que participam nesses concursos. Estas crianças geralmente têm entre 2 e 10 anos. E isto intrigou-me. Como é possível fazer isto a estas crianças sem que isso seja considerado exploração infantil? Ok, culturas são culturas, gostos são gostos. Só que há sempre limites para tudo.

As crianças que participam nestes concursos não têm ainda maturidade suficiente para decidir o que querem, muito menos para decidirem que querem usar dentes falsos para que sejam perfeitos, para decidirem que querem usar um espartilho para terem um corpo perfeito, não têm maturidade ainda para decidir que querem usar extensões, usar maquilhagem exagerada e roupa não apropriada ou para decidirem que querem pintar os cabelos. Como se isto não fosse já mau o suficiente, muitas destas crianças que, repito, têm entre 2 a 10 anos já fazem cirurgias plásticas, colocam botox. Tornam-se bonecas, plásticas, feias, ridículas.

E depois vêm os argumentos a favor destes concursos de merda: ah ensina-as a ser competitivas e a lutar pelo que querem, aprendem que vai haver sempre alguém melhor que elas, aumenta-lhes a auto-estima, ensina estas crianças a lidar com concursos e competições, ensina-as a seguir regras e ter fair-play. Isto para mim é treta e não tem nexo absolutamente nenhum!

Não consigo entender como é que algum pai ou alguma mãe concorda com isto! Estas crianças vão crescer de que forma? Com que valores quando lhes incutem a beleza como um valor fulcral? Como é que alguém tem prazer em ver a filha de forma tão artificial? Para além de todas as alterações físicas que todas as candidatas sofrem ainda são encorajadas a namoriscar com o júri enquanto estão num palco com roupa e lingerie sexy, pestanas e unhas postiças entre tudo o resto. E o que mais me surpreende mais é que são os próprios pais que as encorajam a ter estes comportamentos inapropriados para a sua idade.

Na minha opinião, estes concursos não ensinam nada sobre a vida a estas (forçadas) candidatas: não faz bem à sua auto-estima porque estão a concorrer para ver quem é a mais bonita, a mais sensual, a mais perfeita e todas as outras que não são consideradas como tal sentem-se mal, rejeitadas. Estes concursos também levam a que as crianças, desde cedo, achem que há apenas um tipo perfeito de mulheres, um corpo perfeito e que quem não for como esse protótipo é feio e desinteressante e isso pode conduzir a que estas tenham uma tendência enorme para se destruir porque não correspondem a ele. Estes concursos ensinam que o único valor que realmente importa é a beleza exterior e elas começam a achar que são melhor do que todas aquelas que não têm a mesma aparência que elas. E hoje já há uma enorme variedade de soluções a estes concursos: muitos desportos que não só lhes incutem excelentes valores como as torna saudáveis.

Todas as crianças que participam nestes concursos não estão a viver o melhor das suas vidas: a infância. Estão a deixá-la passar ao lado por um estúpido ideal de beleza. Não que elas tenham alguma culpa nisso, não têm, grande maioria são forçadas pelos próprios pais que ao invés de lhes dar amor e conforto as obrigam a ser perfeitas, a crescer muito mas muito rápido. Elas não são bonecas, são crianças e não me cabe na cabeça como é que isto continua a ser permitido, como é que alguém que põe botox na filha de oito anos é considerada uma pessoa normal e não doente.

A maioria destas mães age desta forma porque querem viver os seus sonhos através dos seus filhos não se apercebendo que está a abusar destas crianças física e mentalmente. Não têm tempo para ser crianças porque têm de ter aulas de expressão facial, têm de ter tempo para as viagens e os concursos, para ir pôr as pestanas e o cabelo falso. Tudo isso leva-lhes o tempo de brincar com bonecas, de aleijar o joelho enquanto andam de bicicleta, de andar de baloiço, fazer amigos, de sonhar.

Certamente estas crianças são, desde pequeninas, levadas a acreditar que para ser aceite e valorizada têm de ser perfeitas, iguais umas às outras.

A dor física de ter de depilar as sobrancelhas, de pôr extensões, unhas falsas, usar saltos altos durante horas, o botox aliada à dor emocional de não saber como é ser-se própria, única e amada transforma estas crianças em seres infelizes, com um nível elevado de stress, com tendência a entrar em depressão. Porque vai haver um dia em que serão obrigadas a confrontarem-se com a realidade daquilo que são sem tudo aquilo de falso que têm. Deixam de ser crianças para serem bonecas iguais umas às outras.

Elas perdem a sua essência e a sua identidade em nome da perfeição. E isso não pode ser catalogado como outra coisa se não abuso infantil. Perdoem-me se estou a ser dura mas olhem só para estas imagens:







Há uma frase que eu adoro e que acho que se encaixa neste caso: nós podemos culpar a sociedade, mas nós somos a sociedade! São crianças, não são bonecas de plásticos. São vidas, são pessoas e elas nunca saberão ser elas próprias. Estas crianças não vão saber o que é ser amadas sendo elas próprias. E esse é um dos propósitos da vida não é?

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Bones



À coisa de 3/4 anos quando chegava a casa e logo depois de almoçar, sentava-me na cama, ligava a TV na RTP2 e via Bones sempre que o meu horário escolar me permitisse. Depois deixei de ver, ou então deixou de ser transmitida, ou passou a ser transmitida noutro horário. Sinceramente já não sei! Mas foi com imensa pena minha porque sempre fui fã deste género de séries e adorava esta. Hoje quando andava à procura de uma série nova para ver encontrei esta e fiquei a pensar se valia a pena ou não vê-la. Se a vou achar tão boa como achava na altura não sei, mas sei que deu aquela nostalgia e saudade de ver, porque passei muitas horas à frente da televisão por causa dela, isso deu. E acho que vai valer a pena!

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Bom filho a casa torna!


Bem-vindo a casa, tivemos saudades tuas!
Único! Há jogadores por quem criamos um carinho especial por diversas situações. O Moreno é um desses jogadores. Daqueles que ficam no coração mesmo que já não vista a camisola do Rei, é daqueles jogadores que dá mesmo gosto vê-lo com esta camisola, a quem uma pessoa não torce o nariz porque sabemos que até ao fim, depois de sangue, lágrimas e suor, ele vai honrar a camisola. O Moreno é um desses jogadores que é aplaudido de forma merecida quando está a envergar a camisola do adversário. O Moreno é desses jogadores no qual tenho um orgulho e uma fé inabalável, no qual acredito cegamente.
Durante muitos anos vimos este Homem jogar no Vitória, a esperar pela sua vez e a não contestar quando as situações obrigavam a isso. Um jogador que esperou humildemente pela sua vez de jogar. Aliás, uma palavra que bem o caracteriza: Humildade. É uma palavra que lhe fica tão bem!
O Moreno é e vai sempre ser um dos nossos. É insubstituível, vai sempre ser "o nosso" Moreno!
E eu não podia ficar mais feliz com esta notícia do regresso de mais um verdadeiro conquistador porque sei que ele sente tanto como eu o Vitória, ama tanto quanto eu o Vitória e faz tanto sentido para ele quanto para mim aquela frase tão nossa... "Aconteça o que acontecer, sou do Vitória até morrer".
Obrigada conquistador, és um estandarte do Vitória, é bom ter-te de volta!

sábado, 29 de junho de 2013

Vimaranenses, nos próximos dois fins-de-semana vamos apoiar a nossa selecção e vamos dar a conhecer a Capital Europeia do Desporto 2013. Vamos mostrar o porquê de merecermos semelhante distinção! Prometo que vou estar em tantos jogos quanto me for possível, porque uma selecção não se faz apenas de futebol mas também de outras modalidades e todos os atletas merecem o nosso apoio. Aqui, onde nasceu Portugal, é fundamental que haja um apoio ímpar, tal como nós somos!
FORÇA PORTUGAL!


Million Dollar Baby


Há filmes que nos marcam, sabemos que nunca vamos esquecer porque são magistrais. Outros que nos mudam por causa da sua história, são grandiosos. Nessa categoria não é qualquer um que entra. Este filme pode inserir-se em ambas as categorias: é magistral e grandioso. Mas apesar disso, é um filme simples. Através do boxe percebemos um bocadinho melhor o propósito da vida. Talvez eu seja suspeita para falar porque gosto de boxe (e não, não é um desporto estúpido), mas acho que é um filme que merece ser visto. Não é o melhor filme que já vi certamente, mas é um filme que vale sempre a pena ver, que nos abre os olhos.
A verdade é que estamos aqui para viver, para lutar pelo que desejamos, para conseguir a nossa oportunidade. E é uma vida curta, talvez curta demais para muitos. Mas que se for vivida intensamente se pode eternizar. Esta é uma história de reviravoltas e de luta.
A Maggie, o Frankie e o Scrap são três personagens que vão permanecer na minha cabeça durante muito tempo. E é por isto que eu sou uma fanática por filmes: enriquecem-nos.

P.S.: A Hillary Swank está brilhante!

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Prison Break



You know we spend so much of our lives not saying the things we want to say... The things we should say. We speak in code, we send little messages; origami. So now, plainly, simply, I want to say that I love you both. Very much. And I want you to promise me, that you're gonna tell my child... that you're gonna tell my child how much they're loved everyday. And remind them how lucky they are... to be free, because we are. We're free now, finally. We're free. 
Prison Break foi a primeira série que me viciou mesmo, vi-a à dois anos e sei que fiquei algumas noites de Verão a vê-la porque sempre que via um episódio queria logo ver o outro a seguir. Mas ainda não tinha visto o filme The Final Break, vi-o hoje só, tanto tempo depois de acabar de ver a série. E ainda bem que deixei passar todo este tempo, já sentia falta das personagens. O filme é igualmente viciante. E excelente! Há séries, filmes, personagens que marcam... Sem dúvida que Prison Break me marcou, assim como The Final Break e personagens como o Michael, a Sara, o Linc e o Sucre. E se alguém estiver à procura de uma série para ver, acho que não vão encontrar melhor.

terça-feira, 11 de junho de 2013

I'm addicted...


"Olivia Pope fixes things. That's who she is. You need fixing. I don't need to know your story. We all have a story. Everyone in this ofice needs fixing. You're a stray dog and Olivia took you in. Don't question it"

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Sim ou Não?


Gerou-se, hoje, uma fervorosa discussão numa das minhas aulas sobre a adopção de casais homossexuais. As opiniões divergem: uns são a favor, outros são contra. Na minha opinião, os casais homossexuais têm tanto direito a adoptar uma criança como um casal heterossexual e não tenho problema nenhum em dizê-lo.
E sou a favor por diversas razões.
A razão mais vezes apresentada é a de que as crianças vão ser humilhadas ou gozadas na sociedade, na escola, em público e nunca vão conseguir ter uma vida normal como todas as outras crianças e por isso vão ser infelizes. Ora bem, eu cá acho que uma criança apenas consegue ser feliz se em casa tiver um suporte onde saiba que pode sempre apoiar-se seja qual for a situação. Uma criança apenas é feliz se em casa tiver amor, carinho, alguém que cuide dela e a trate bem, com tudo aquilo a que ela tem direito. E parece-me que é indiferente se essa criança tem em casa dois pais "convencionais" ou dois homens ou duas mulheres. Who cares?! Apenas quem tem mente muito fraca vai atacar alguém com isso.
E o aceitar da adopção por parte de um casal homossexual é um passo contra isso: quanto mais a situação for normalizada, melhor. Então se isso for permitido, legalizado vai tornar-se uma coisa normal para as gerações futuras e portanto aqueles que gozarem ou humilharem serão uma minoria e é uma coisa com a qual não teremos de nos preocupar mais.
Eu sou a favor porque sinto que é melhor uma criança ter dois pais ou duas mais em casa do que estar numa instituição e sentir que ninguém a quer, que não é nada mais que lixo, que não presta, que passar o resto da sua vida a achar que não vale nada. Eu sou a favor porque sinto que é melhor uma criança ter dois pais ou duas mães do que ser maltratada em casa, é mais favorável do que ver uma criança ver os pais chegarem bêbados a casa ou drogados ou wtv.
Isto sou só eu, é só a minha opinião. Mas no dia em que os homossexuais poderem adoptar uma criança, eu vou ser um bocadinho mais feliz e vou achar o mundo o sítio mais agradável, acolhedor, mais bonito. Eu acho e vou achar sempre que o propósito da vida é ser-se feliz e tentar fazer os outros felizes. Por isso, o importante é ter uma família, o importante não é se essa família é composta por dois homens, duas mulheres ou um homem e uma mulher. Têm todos o direito de serem felizes. Por isso deixem-se de preconceitos, deixem de ter a mente pequena.
E eu continuo a defender: o problema não está nos homossexuais que querem adoptar crianças, o problema está sim na cabeça das pessoas.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Contra tudo e contra todos!




Há dias em que não há palavras, elas escapam-nos tamanha é a felicidade que se aloja no coração. No passado Domingo foi isso que aconteceu e continuo sem palavras para descrever tudo o que vivi no Jamor e no Toural.
Eu sou sempre das que acredita, sempre acreditei que íamos ganhar a Taça, que desta vez é que era, que era o nosso tempo. E foi! Mas até ao momento em que vi o Alex levantar aquela taça maravilhosa (pareceu-me mais bonita que nunca) parecia surreal. Tudo o que estava a acontecer ali, a felicidade estampada em cada rosto, as lágrimas, os sorrisos, tudo isso me parecia surreal, bom demais para ser de facto verdade.
Mais uma vez sofremos, sofremos até ao fim. Primeiro de dor e tristeza, mais tarde de felicidade extrema. Foram precisos apenas três minutos para alterar o rumo dos acontecimentos, o rumo da história do Vitória. E foram três minutos de encher o coração. Ao primeiro, levantamos os braços, arregaçamos as mangas e fomos em frente. E foi isso que nos levou ao segundo. E no segundo houve uma explosão de alegria, de felicidade. Naquele momento nada nos podia derrotar, sabíamos que tínhamos ganho, consolidamos essa certeza no nosso coração. O nervosismo aumentou e eu podia jurar que conseguia ouvir o meu próprio coração bater. As vozes levantaram-se, ouvia-se do outro lado do mundo. E conseguimos, todos nós, todos juntos conseguimos conquistar o que muitos antes tentaram conquistar - e é também a esses que a Taça deve ser dedicada.
Domingo uma página mais foi escrita na história deste maravilhoso clube. Éramos campeões! Somos campeões! E que bem sabe dizê-lo! Mas fomos campeões antes mesmo de o ser, a nossa equipa era uma equipa de campeões, que se fizeram jogadores, que cresceram ao longo da época, que souberam dar a uma cidade tudo aquilo que ela pedia.
As palavras continuam sem surgir, os sentimentos continuam em turbilhão numa mistura de gratidão com amor. As emoções foram fortes, talvez por isso seja impossível descrevê-las, podemos apenas guardá-las no coração. Porque nenhum vitoriano e vimaranense jamais esquecerá o dia vinte e seis de Maio de dois mil e treze. O dia em que provamos que estamos mais vivos do que nunca quando já nos tinham quase feito o funeral.
Deixo mais uma vez um agradecimento enorme ao Vitória, a todo ele, a todos nós que fizemos a festa e a todos aqueles que nos deram a Taça, os heróis, os inesquecíveis. Que este troféu seja o início de uma época de ouro aqui por Guimarães, que seja o tempo de voltarmos em força. Esta é a nossa religião, o nosso amor, a nossa forma de vida! 

P.S.: Até podia dar os parabéns ao Benfica, mas não dou. Não porque não tenha fair-play, mas porque eles não o tiveram e portanto não são dignos disso. Perder custa, está a ser uma época difícil para eles, é verdade, ninguém o nega, mas o respeito cabe em todo o lugar. E faltou-lhes isso, respeito e humildade. Duas características de incomparável valor e que não se compram nem com todo o dinheiro do mundo. Podem vir com os vossos troféus e que uma má época não invalida todos os troféus que já têm e que são os melhores do mundo. Não são! Nunca serão os melhores do mundo! Serão sempre fracos, indignos pelas atitudes que têm. É (também) por isto que é impossível verem-me torcer pelo Benfica seja em que competição for, seja em Portugal ou lá fora. Não sou anti-benfiquista, não merecem todo esse estatuto na minha vida. Mas não nutro qualquer tipo de sentimento positivo por eles, nem nunca irei sentir. Falta-lhes imenso para serem grandes. Nós já somos colossais!