segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Diana


Esperava-se muito. Foi muito pouco. Filme fraquinho que deixa muito a desejar. Não me parece que honre a memória de uma mulher tão importante como o foi a princesa Diana. Baseado em boatos transforma a sua vida numa espécie de telenovela. Não gostei nem aconselho.

Ainda assim há que admitir e é inegável: nada a apontar a Noami Watts, está fantástica, fez um trabalho muito bom. Está mesmo de parabéns!

domingo, 29 de setembro de 2013

PARABÉNS CAMPEÃO!



Primeiros foram os parabéns pela tua melhor classificação de sempre, agora é tempo de te dar os parabéns pela tua vitória hoje e por seres o primeiro português a vencer o título num evento ATP. E hoje tenho o coração cheio de orgulho por ti, por seres também de Guimarães e por honrares muito bem o nome do nosso país e da nossa cidade. Não nos deixas ficar mal, obrigada por isso!

És uma inspiração João, um campeão. Muitos parabéns e que o resto da tua carreira seja recheada de vitórias e conquistas, tu mereces! Para mim, já és o melhor tenista português de todos os tempos!

(É só de lamentar que atletas como o João Sousa que elevam o nosso nome lá fora e o fazem muito bem não tenham apoios, não tenham patrocinadores e tenha tudo de sair do seu próprio bolso. É por não valorizarmos o que Portugal tem de melhor que está tudo sempre na mesma.)

sábado, 28 de setembro de 2013

O Cancro do Futebol Português - Parte II

O sistema. Outra vez. Pela segunda vez em duas jornadas consecutivas vemos o sistema a trabalhar em beneficio dos "do costume". Mas nem quero falar deste jogo em concreto. Quero falar deste assunto de uma forma um bocado mais geral.
Eu tenho coisas a dizer: eu não vou ao estádio à dois dias, vou ao estádio à anos, pago as minhas quotas todos os meses, pago o meu lugar anual todas as épocas, gasto muito dinheiro em bilhetes para jogos fora, para não contabilizar o preço das viagens. Note-se uma coisa: eu não me estou a queixar. Eu faço-o com muito orgulho porque acredito no Vitória, faço-o porque sei que estou a tornar uma coisa que gosto - o futebol - numa modalidade ainda mais bonita e mais apaixonante. Se não façamos uma pergunta: o que é um jogo de futebol com as bancadas vazias?
Mas ao longo deste tempo vejo o futebol português em decadência e pouca gente ou ninguém interessado em mudar disto. Estão a transformar o futebol num negócio.
Eu, como adepta, sinto-me mal com isto. Eu pago para quê? Pago porquê? Para ver o meu clube ser prejudicado em interesse de outros? Ver um jogo decidido por terceiros? E esses "terceiros" não serem punidos pelos maus profissionais que são?
Erros todos cometem, é humano, não somos perfeitos. Mas é engraçado que a maioria dos erros sejam cometidos de forma a beneficiar os tais "grandes". Basta um treinador falar das arbitragens no jogo anterior e no seguinte já está tudo resolvido e depois não vêm nada, passa tudo ao lado. É triste, dá má imagem ao nosso futebol e pior: as pessoas perdem o interesse em ir ao futebol porque os resultados já estão praticamente decididos.
Eu não tenho mau perder. Eu sei perder e se a equipa adversária ganhar com mérito eu sou a primeira a dar os parabéns e a apontar os erros. E não é porque perdemos hoje que me estou a queixar outra vez das arbitragens. Estou a falar porque cansa, já chega de tentarem tornar o futebol num negócio. Chega de dois pesos e duas medias. Chega da merda da dualidade de critérios.
Está mais do que na hora de tratar todos os clubes de forma igual, todos os treinadores de forma igual, todos os adeptos de forma igual. Chega de branquear os comportamentos de uns e culpar os outros. Está na hora de haver respeito por todas as equipas, está na hora do fair-play. Chega de merdas!
E desculpem-me se não sou politicamente correcta, mas não me parece que haja muito por onde o ser. As situações cansam. Nós lutamos, nós damos o litro em campo, nós somos fortes. Por isso parem de nos fazer remar sempre contra a maré!
Mas como já se diz à muitos anos: o que não nos mata, só nos torna mais forte. O caminho é para a frente Vitória! Continuo a ter muito orgulho quando digo que aconteça o que acontecer sou do Vitória até morrer!

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

O Cancro do Futebol Português

Há coisas que nos dão a volta ao estômago, os atentados ao bom futebol são uma dessas coisas. Há um ponto fundamental para o futebol bonito: a arbitragem. É crucial que um jogo seja bem arbitrado para ser bom. E o jogo de ontem foi mal arbitrado. Habituados a jogar contra 14 com uns tais vermelhos já nós estamos, não é novidade. Mas cansa! Não só cansa o constante roubo, mesmo em nossa casa como também cansa que ninguém pare isto. Poucas posições são tomadas contra, quase que o incitam. É vergonhoso e tira credibilidade ao futebol português.

Mas há ainda mais do jogo de ontem: os tais vermelhos que demonstraram a 26 de Maio que não sabem perder (não vale a pena falar do triste espectáculo Cardozo - Jesus) demonstraram ontem que também não sabem ganhar. Pobres coitados. E selvagens. Houve para todos os gostos: invasão de campo, cadeiras pelo ar, petardos... E depois um treinador tresloucado que não se sabe comportar, que acha que é diferente de qualquer outro cidadão e por isso tem alguma autoridade sobre a própria autoridade. Triste espectáculo, mais um.

Só mais um ponto para terminar porque há assuntos que nos enjoam mesmo: hoje é o triste espectáculo da comunicação social. É o dia de branquear os comportamentos de ontem porque Deus nos livre de ver o Benfas ser crucificado em praça pública, são coisas que não acontecem. Porque os hooligans e selvagens somos nós, não são os tais que invadem o campo ou o treinador que se acha superior ao mais comum dos mortais. Até agora só vi as capas de jornais e uma ou duas notícias online mas nada que me surpreendesse. Não vi nenhuma capa a dar ênfase e destaque ao comportamento dos benfiquistas e de Jorge Jesus. É só mais do mesmo. Caso fosse ao contrário, era notícia de última hora e tínhamos já 10 jogos à porta fechada, treinador suspenso com o máximo de tempo permitido pela lei e uma multa astronómica. Mas não fomos nós. Foram eles e eles têm as costas bem quentes. Mas há uma coisa que não podem ter: orgulho naquilo que são. O que aconteceu ontem foi vergonhoso, até para mim - é triste ter um clube com adeptos daqueles em Portugal. E dizem-se gloriosos? Para serem gloriosos tinham de ter honra e isso é coisa que vos falta.

E agora dois pontos positivos: as palavras de Leonardo Jardim que disse que "é hipócrita os três grandes falarem das arbitragens". Mostrou um carácter admirável.
O segundo ponto positivo e muito importante, que eu não poderia deixar de referir: a "minha" equipa está outra vez de parabéns, obrigada vezes mil por encherem o meu coração de orgulho. É disto que gosto: que vocês se esforcem, façam tudo pela camisola, honrem o Rei.

77!


Parabéns João pela tua melhor posição no ranking mundial: 77º. És um orgulho para todos os vimaranenses! Obrigada!

22 de Setembro de 1922


Contamos hoje noventa e um anos de história. Noventa e um anos a remar contra a maré, a lutar contra tudo e todos. Noventa e um anos a sofrer mais do que o merecido. Mas são sobretudo noventa e um anos de muito amor e dedicação porque talvez seja esse o nosso mais forte alicerce. O amor!
Dizem-nos que isto é passageiro e é estupidez, apoiar um clube, sofrer por um clube com tudo o que isso nos traz, de bom e mau. Há as noites mal dormidas, as más disposições, o nervosismo, o dinheiro envolvido e todo o cansaço... Mas há o lado bom de tudo isto, o lado muito bom e que compensa o outro. O orgulho que sentimos no nosso coração que quase o faz rebentar é das melhores sensações do mundo. Entrar no nosso estádio, com todas aquelas pessoas em sintonia connosco - porque estamos todos a defender o mesmo - paga todo o lado mau que isto possa ter. E vale a pena, todos os dias vale a pena por muito que me tentem convencer do contrário.
É nisto que eu acredito!
Para a frente é o caminho meu Vitória, e aguarda-nos um futuro risonho. Porque somos grandes, somos únicos. E estamos mais vivos do que nunca, façam-nos funeral 20 vezes se quiserem, somos conquistadores por natureza.

(Este post devia ter sido escrito ontem mas não vim ao pc, por isso ficou para hoje. De qualquer forma, o Vitória faz parte de mim todos os dias, é eterno!)

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Uma diva portuguesa

Há mulheres que são bonitas toda a vida. A verdade é que são poucas as que se mantêm tão bonitas aos 75 como foram aos 30. Talvez não seja aquela beleza física que tanto apreciamos. Talvez seja um brilho especial no olhar ou um sorriso que nos inspira que faça a beleza aos 75 anos.
A Simone de Oliveira tem 75 anos e é linda. É linda agora como foi linda aos 30. Esta Simone é tão linda como era a outra Simone e eu, muito sinceramente, não consigo não ser fascinada por ela. Há pessoas que nós gostávamos mesmo de conhecer porque admiramos mesmo muito. Esta senhora eu gostava de conhecer porque é forte, é única, tem uma personalidade fantástica. Não se rebaixa e se alguém a crítica não baixa a cabeça. Admite os seus erros, a sua vida e segue em frente, sempre melhor.
Esta senhora é linda. E eu admiro-a. E um dia quero conhecê-la, perguntar-lhe como é que se consegue ser tão fantástica. Admiro-a, é forte, poderosa, linda, maravilhosa e inspiradora.

Obrigada Simone por seres um exemplo, por seres tão grande.


(A entrevista que li na sala de espera do dentista e, claro, adorei!)

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Foi a tua noite, capitão!


É, eu sei que há muita gente que não gosta dele. Também sei que há muitos portugueses que não gostam dele e o insultam se for preciso e que são da opinião de que ele tem de levar a equipa às costas em todos os jogos, como se não fossem 11 a jogar, como se fosse só o Ronaldo. Essas mesmas pessoas que chegam até à estupidez de insinuar que ele está-se nas tintas para a selecção e que é demasiado vaidoso (o homem é bonito, que é que ele vai fazer?) são as mesmas pessoas que não lhe sublinham a vitória, o que ele faz pela nossa selecção, pelo nosso país. Esquecem-se disso, o que interessa é quando ele falha.

Não sei bem o que leva as pessoas a criticá-lo. Aliás, saber sei. É inveja. Inveja de que um português chegue onde eles nunca irão chegar, nem em sonhos. Toda a gente conhece a história dele. E a história dele não é fácil, não é a história da Carochinha. Não nasceu rico, nasceu sem nada. E quando era ainda uma criança mudou-se sozinho para Lisboa, para alcançar o seu sonho. E conseguiu! Com mérito, trabalho, dedicação. Não há como o negar.

Hoje a noite foi dele, outra vez. Hoje foi mais uma vez uma fonte de inspiração para mim. Não foi o melhor jogo de sempre ou os melhores golos. Mas há outras coisas que admiro nele e que fazem com que ele seja um ídolo para mim. Este homem tem uma capacidade psicológica admirável. Não vai abaixo mesmo quando não está a 100%, mesmo quando está com dificuldades. E é impressionante a capacidade que ele tem de catalisar o que de negativo está à volta (falo dos assobios e dos gritos por Messi por parte dos irlandeses) para fazer melhor. Ele usa isso para se motivar, para ser melhor, para crescer. E isso é complicado, só mentes fortes o conseguem. E ele consegue fazê-lo, magistralmente. Ele responde com classe. Isso, aliado ao excelente e árduo trabalho e um talento natural faz dele um jogador inigualável, único e sem dúvida, o melhor.

Tenho pena, muita pena que nem toda a gente veja isso. Tenho ainda mais pena que o continuem a achar arrogante, ele já deu provas do contrário, que é uma pessoa humilde. Mas valoriza-se, sabe que é bom, tem confiança em si. E se acham que ser humilde é baixar a cabeça e dizer "ah, eu não sou nada bom" então vocês são uma merda. Perdoem-me a arrogância também!

Tenho um orgulho inabalável em ti, capitão. E serás sempre o melhor para mim, assim como uma fonte de inspiração. Se fossem todos como tu, com certeza o futebol era ainda mais bonito. Obrigada por tudo o que fazes pela nossa selecção e pelo nosso país, obrigada por honrares a nossa camisola!

Parabéns também à nossa selecção e aos nossos jogadores, hoje foi um passo importante. Levem-nos ao mundial e tragam o raio do caneco para casa que já vem atrasado! E ignorem as críticas, as vozes que não sabem o que dizem. Se vocês derem tudo, se vocês derem 200% quando acham que só podem dar 100%, se vocês honrarem a camisola que vestem, eu fico orgulhosa.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

2 milhões de refugiados

Há uma teoria que afirma que já alguém disse aquilo que queremos dizer, é por essa frase que vou começar este post:

"Consideram a guerra necessária? Muito bem. Enviem aqueles que apregoam a guerra numa legião especial de vanguarda - ao ataque, à frente de todos os outros" - Alphonse Karr

Há realidades que me chocam, que fazem com que o meu coração fique muito apertado. A realidade na Síria faz isso comigo neste momento, faz-me sentir impotente, fraca, produto da sociedade de merda em que vivemos. A verdade é que eu estou aqui sentada, a escrever não sei para quem, num computador caro, com um telemóvel caro, um relógio caro sem fazer nada para melhorar o mundo. A verdade também é que todos vocês fazem o mesmo. Somos todos culpados mas não somos nós quem arca com as consequências.

São eles. Eles que também tinham uma família, uma casa, um pai e uma mãe. Eles que tinham um irmão que adoravam e uma  vida em que eram felizes. Eles que tinham talvez até um cão que dormisse com eles porque gostavam tanto do cachorrinho que não o queriam largar. Eles tinham isso tudo, tinham menos que nós e eram felizes. Provavelmente enquanto nós passamos a vida agarrados a um computador eles estavam a provar a vida de verdade, a jogar à bola descalços com os amigos que iam ser para a vida. Eles tinham um companheiro, um marido, um namorado ou uma namorada que amavam e por quem davam a vida.

A maioria de nós vê a vida desmoronar-se aos bocados: hoje perdemos o emprego ou falhamos num teste, para o próximo mês pedimos o divórcio, daqui a meio ano morre-nos o cão... Vemos a vida desmoronar-se hoje e amanhã e pelo meio dizemos que somos uns desgraçados e que tudo nos acontece tão rápido que nem é culpa nossa realmente, é culpa da puta da vida. Essa vaca que faz com que o nosso smartphone caia ao chão e se parta em pedaços. Desgraçados que somos! Agora vamos ter de gastar mais 700€ noutro, injustiça!

Mas aqueles dois milhões viram tudo ser-lhes tirado em pouco tempo para sofrerem por muito tempo. Uma vida inteira, aqueles que têm direito a vivê-la. E os que têm esse privilégio (?) ficam sem nada. Não é sem o smartphone topo de gama ou sem as sapatilhas da Nike que são o último grito. Tenho a certeza que eles preferiam que assim fosse. Mas não, não é assim. Tiram-lhes o que de mais valioso se pode ter na vida: a família, os amigos e o amor. É com isso que eles sofrem.

Muitos viram a mãe a ser morta, tiveram o pai e o irmão a morrer-lhes nos braços. Outros viram os filhos morrer, esses que deviam ter uma vida pela frente. Viram ainda o marido a suspirar pela última vez, com quem casaram por amor. Deixaram de viver naqueles momentos. E creio que a maioria não vai recuperar a essência da vida. Mesmo que o coração bata, só existem, são só corpos com cicatrizes irreversíveis, com as memórias mais horríveis que possamos imaginar.

E agora é tempo de eu fazer uma pergunta, só uma a que provavelmente ninguém me vai dar resposta algum dia: tudo isto é em nome de quê?

Não sei em nome de que é que se destroem vidas, lares e famílias com tanta frieza e naturalidade. Como se fosse a lei da natureza, como se a guerra fosse necessária para fazer paz. Só gostava que esses filhos da puta sem coração que acham que sim, que apregoam a guerra, que a defendem pensassem nas respectivas famílias: pensem na mulher ou no homem que vos está a fazer o jantar em casa, nos vossos filhos que vos chamam para brincar, nos vossos irmãos que são companheiros na vida e em tudo, nos vossos pais que sempre vos trataram com carinho e amor e vos deram tudo sem pedir nada em troca, nos vossos amigos de jantares e de festas. Pensem neles todos, que fazem parte da boa parte da vossa vida. E façam a pergunta a vocês próprios: e se fossem eles? Aqueles que odeiam toda a espécie humana e apregoam a guerra, o uso de armas químicas, que querem destruir o mundo, atirem-se ao rio, ingiram 10 frascos de comprimidos. Ninguém quer saber disso realmente.

É por situações como estas que eu quero fazer voluntariado em países desfavorecidos como é o caso da Síria, em que o terror e o medo é o dia-a-dia daquelas crianças, daquelas mulheres e homens que não fizeram nada para que lhes destruam o mundo. É por isso, com a esperança de que talvez eu possa fazer sorrir um daqueles refugiados, com a esperança de que talvez um dia possam esquecer nem que seja por uma ténue fracção de segundos tudo o resto e sejam felizes, que esqueçam o medo, o sangue, o terror, o sofrimento e se limitem a ser felizes, a sorrir, a viver.

Todos temos o direito à vida. Todos somos seres humanos, todos temos um coração, um cérebro, um corpo. Todos merecemos viver livres. E ninguém, mas ninguém mesmo tem o direito e o poder de destruir vidas assim, destruir vidas de milhões de pessoas.

E nós temos o dever de ajudar. O dever de ajudar dois milhões de pessoas. O dever de fazer deste mundo um lugar mais agradável. Talvez não possamos parar a guerra, talvez não tenhamos metralhadoras, tanques de guerra, armas químicas, aviões e granadas. Não, nós não temos nada disso porque isso nem é preciso. Mas temos uma coisa muito importante: carácter. E também porque vivemos num mundo em que temos o direito de nos exprimirmos, temos o direito (e dever) de levantar a nossa voz para poder mudar o mundo. Se não for mais, o mundo daqueles dois milhões de pessoas e o mundo de todas aquelas que passam por algo semelhante e que têm o sofrimento como pano de fundo da sua vida.