quarta-feira, 23 de setembro de 2015

É uma questão de ADN

Quando a hipótese Sérgio Conceição era considerada ou posta em cima da mesa, mesmo quando Armando Evangelista ainda se encontrava aos comandos do clube, eu só me conseguia rir e dizer que era um disparate. Achava eu, na minha inocência, que a direcção nem ia considerar tal treinador. Realmente foi só na minha inocência. Quando Armando Evangelista saiu fiquei contente, pensei que as coisas iam mudar e melhorar. Porque, sejamos verdadeiros, não podiam ficar muito piores... No entanto fiquei apreensiva, o nome mais badalado para ocupar o cargo era o de... Sérgio Conceição! Continuava a não querer acreditar, estava na fase da negação. Ao início da tarde de ontem já todos os jornais davam conta da sua contratação, mas só hoje à tarde foi oficializado. Até esse momento estive em fase de negação. Pensei que era tudo mentira, mau demais para ser verdade.
Eu não queria Sérgio Conceição! Já dos tempos em que ele estava ao serviço do Braga era um treinador que eu não gostava e pelo qual não nutria o mínimo de admiração e isso não era pelo facto de estar nos rivais, era mesmo porque não o via assim. Sempre o vi como um homem sem humildade, que precisava de atingir os outros para agradar aos seus porque não o conseguia através do seu trabalho. Não considero que um treinador tem de atacar os seus adversários e incendiar o ambiente com comentários desnecessários e despropositados. Bem pelo contrário, acho que é fundamental que o treinador tenha respeito pelo adversário e pelos seus rivais. Isso mostra que tem carácter e é um homem respeitável. É o treinador, o líder, que tem de dar o exemplo aos seus jogadores. SC não o faz. É expulso com demasiada frequência, não tem postura, não tem respeito. É arrogante. Não consegue dar o exemplo. É, emocional e psicologicamente, desregulado. Para além disso, já se viu que também não tem o maior respeito pelos seus superiores. A forma como saiu do Braga não foi a forma mais simpática, e pelo que já me apercebi não foi a primeira vez que saiu de forma turbulenta de um clube. A isto acresce-se o facto de toda a gente ver as pessoas de Guimarães como arruaceiras e os maus da fita. Com a contratação de um treinador assim que constantemente vê os jogos da bancada as coisas têm tendência a piorar. Se já somos os pioneiros dos castigos exemplares, agora as penalizações ainda vão ser maiores. Não lhe reconheço também qualidades suficientes como treinador para estar num clube como o Vitória.
É a segunda contratação de risco esta época. Armando Evangelista foi uma contratação nada consensual e que prejudicou o Vitória qb com a eliminação da Liga Europa (e a perda de muito dinheiro) e que afastou o Vitória dos adeptos mais do que o que devia, por causa das exibições medíocres e os péssimos resultados. Sérgio Conceição creio que também não cairá bem no seio dos vitorianos porque nós não temos memória curta e ainda nos lembramos das declarações da época passada em que fomos atacados diversas vezes.
A postura que Sérgio Conceição teve ao comando do Braga também não é do meu agrado e espero que não mantenha essa atitude no Vitória. Espero que tenha postura, espero que seja um treinador que respeita todos os seus adversários e que não seja malcriado como era. Porque estar no Vitória é uma responsabilidade diferente, maior. O ADN do Vitória é especial, tem um peso maior, não é leviano. Até agora, e por muito que eu tente encontrar, não consigo associar nenhuma características do nosso ADN a Sérgio Conceição. Nem sei o porquê de ter sido o escolhido. O que sei é que para se fazer parte de uma instituição tão especial como a nossa é necessário ser-se também especial, e Sérgio Conceição não me parece sê-lo. E para mim, que tenho uma óptima memória, é necessário mais do que debitar umas palavras bonitas na altura certa. É preciso provar o que se diz! E lembra-te, Sérgio Conceição, há uma linha fina que separa a boa educação da raça. Encarecidamente te peço que não a ignores porque agora estás no Vitória e aqui nós gostamos de boa gente, de conquistadores, de pessoas com respeito pelos outros. E lembra-te sempre, tu e quem aí te pôs, o Vitória é nosso. É nosso e há-de ser!

P.S.: Apesar de discordar da contratação e de não nutrir qualquer tipo de simpatia pelo nosso novo treinador compreendo que o seu sucesso é o nosso sucesso e por isso só tenho de torcer pelo sucesso do Sérgio Conceição. E sei que nunca, sob quaisquer circunstâncias, valorizarei mais um homem do que o meu símbolo e o meu clube. Nunca, mas nunca mesmo, me deixarão de ver no estádio ou de pagar as quotas. O Vitória é mais importante do que uma individualidade! Por isso desculpem-me se não compreendo aquelas pessoas que dizem que não vão ao estádio por causa do treinador, ou que vão deixar de pagar as quotas ou partir o cartão. Eu faço parte de algo maior do que isso, algo infinitamente mais precioso: o Vitória!

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Queen

É impossível não pensar em Freddie Mercury quando se pensa em Queen. É muito, muito difícil não associar estes dois enormes nomes. Infelizmente o mundo perdeu o Freddie cedo demais. Os Queen, no entanto sobreviveram, mas agora têm um novo vocalista: Adam Lambert. Voltaram ao Rock In Rio no Rio de Janeiro, 30 anos depois de um mítico e inesquecível concerto em que Freddie Mercury encantou e maravilhou o Brasil de forma incrível. Quando li a notícia fiquei apreensiva, as lendas são insubstituíveis. Depois de ver alguns vídeos do concerto acho que finalmente me apercebi de que a ideia não é substituir o que não se pode substituir. Era um erro. A ideia é dar aos fãs de 2015 e talvez dos anos vindouros uma experiência daquilo que são os Queen, não a experiência total mas sim parcial. Adam Lambert é, também ele, carismático e excêntrico e tem uma voz maravilhosa e inesquecível. Foi um espectáculo incrível e acredito que inesquecível para as novas gerações mas também para aqueles que tiveram oportunidade de estar lá 30 anos antes, com Freddie Mercury no palco. Gostava muito, muito, muito que estes novos Queen dessem a oportunidade aos fãs portugueses de poderem ter esta experiência de viver os Queen, hoje com Adam Lambert.
Serás sempre lembrado Freddie Mercury, és uma lenda e as lendas nunca morrem. Como tu nunca morreste. Descansa em paz!




segunda-feira, 21 de setembro de 2015

A minha estante | A Arte da Guerra (para treinadores)

A Arte da Guerra, originalmente publicado em 513 a.C. pelo estratega militar Sun Tzu, é considerado o maior tratado de estratégia militar de todos os tempos. A editora Topbooks foi a responsável por lançar uma colecção deste livro histórico mas adaptando-o a uma certa área. Para isso, convidou pessoas de 14 áreas diferentes, sendo uma delas Rui Vitória (na altura treinador do Vitória) que escreveu para os treinadores. Os restantes incidem em áreas como marketing, gestão de talentos e até storytelling
Apesar de termos específicos ou linguagem mais particular que Rui Vitória possa usar, este livro não é apenas aconselhável a treinadores. Qualquer amante de futebol comum encontra neste pequeno livro de 126 páginas imensa sabedoria e conhecimento e consegue perceber que Rui Vitória é um treinador com imenso talento, inteligência e humildade.
Toda a gente que convive comigo sabe a admiração que tenho por Rui Vitória, já a expressei aqui. Sempre achei que era um treinador muito completo, com muita qualidade e muita classe, que sabia como falar e que sabia claramente o que estava a fazer ao comandar uma equipa. Gosto do Rui Vitória. Ainda hoje, que é um adversário. Continuo a admirar profundamente o seu trabalho. Essa admiração aumentou depois de ler este livro.
De uma forma que revela o seu conhecimento e a sua paixão pelo futebol e pela sua profissão, percebemos como escolhe a sua equipa técnica, como escolhe os seus jogadores, como os treina e porque os treina dessa forma. Aborda a comunicação com os seus jogadores, a postura que o treinador deve adoptar perante a sua equipa, a forma como se forma uma equipa. Fala também sobre a forma como julga ser melhor comunicar com a massa associativa, a direcção do clube e a comunicação social. Isto tudo através de exemplos da sua carreira. O leitor fica a saber, por exemplo, que os seus jogadores recebem nos telemóveis ou tablets no final do jogo um pequeno vídeo com um resumo da sua performance. De forma detalhada, percebemos também que estratégias usa para encerrar o jogo anterior e iniciar a preparação do seguinte. Enquanto nos explica a preparação física da sua equipa, percebemos também a enorme importância que dá à parte mental.
Um livro que recomendo a qualquer pessoa que goste de futebol e de perceber o que é ser treinador de uma equipa, ou como Rui Vitória diz, o que é ser o "maquinista da locomotiva". Muito interessante e didáctico, é um livro que se lê com muita facilidade e rapidez pela sua simplicidade e por não ser muito longo. 
Rui Vitória já conseguiu, aos 45 anos, conquistar imenso. Acredito piamente que possa conquistar muito mais. É um treinador de profunda inteligência e que tem uma paixão inabalável por aquilo que faz e que o leva a procurar ser sempre melhor e a actualizar-se enquanto treinador.
Ao general Rui Vitória, só tenho de deixar as minhas saudações e saudades vitorianas! Foi uma honra tê-lo como comandante deste exército!

sábado, 19 de setembro de 2015

Vamos fazer história?

Este é o mote que o Vitória adoptou este ano. Eu quero que façamos história. Quero... pela positiva!
Tenho quase a certeza que têm uma tia ou um membro da família que de quando em vez e num ou noutro Natal lá em casa vos perguntavam, quando eram pequenos, se gostam mais do pai ou da mãe. É aquela pergunta estúpida e sem sentido mas que ninguém se coíbe de fazer às crianças. O equivalente dessa pergunta em futebol seria a típica: mas então pá, preferias que a tua equipa conquistasse os 3 pontos ou que jogasse muiiiiiito bem? Uma pessoa nunca sabe muito bem como responder, porque gosta dos dois. A verdade é que os 3 pontos são fundamentais; o bom futebol não garante uma boa posição no final do campeonato. No entanto, não dá gosto sentar na cadeira do estádio ou no sofá e ver uma espécie de solteiros contra casados. O verdadeiro problema surge quando nem se tem os 3 pontos nem se joga futebol.
Não sei se perceberam onde quero chegar. A ideia deste post é falar do Vitória e dos problemas do Vitória que, diga-se de passagem, não são poucos. Em 7 jogos que vi do Vitória esta época (dois para a Liga Europa e cinco para o campeonato) ainda não vi bom futebol, ainda não vi uma ideia de jogo, ainda não vi nada daquilo que esperava ver. O que vi foi o Vitória ser derrotado três vezes, empatar outras três e vencer apenas uma. Para o campeonato o Vitória conta com 4 golos marcados, sendo que dois são auto-golos e um penalti. Encontra-se na 9ª posição com 6 pontos (de 15 possíveis), mas uma vez que a jornada se iniciou hoje e ainda faltam jogar 16 das 18 equipas, é provável que não se mantenha por lá. Talvez eu seja só eu no meu momento piegas do dia, mas considero que são números alarmantes a não ser para quem quer um campeonato tranquilo, claro (o que não é o meu caso).
Acho que não vale a pena tecer grandes comentários ao jogo de hoje porque foi mais do mesmo. Um jogo enfadonho em que o Vitória de Setúbal, apesar da desvantagem numérica a partir do primeiro minuto, conseguiu ser superior em alguns momentos do jogo. A única coisa que tenho a dizer é que fomos felizes em conseguir trazer um ponto para Guimarães, De facto não sei o que se passa. Nota-se que é uma equipa profundamente desinspirada e sem saber muito bem o que fazer com a bola. Não tem ideias, não tem criatividade, não tem coesão. O espírito da equipa também não parece o melhor, não parecem uma equipa mas sim um conjunto de homens que se juntam para dar uns chutos na bola. Problemas no balneário? Problemas com o treinador? Não faço a mínima ideia, mas não há a garra que costumava haver, não há a vontade de suar pela camisola e isso é claramente parte do problema. É triste ver o Vitória jogar assim, não me lembro de uma série de jogos com tão má qualidade como esta. O que está mal tem de ser mudado muito urgentemente! Eu não queria ser repetitiva nesta matéria, não queria mesmo, mas o que eu acho que está mal é o treinador. A ilação que eu tiro de tudo o que vejo (para além do apito final) é que Armando Evangelista está desligado da equipa, não é um líder, não consegue motivar os jogadores, não fala como um líder e a equipa não tem espírito de vencer, não consegue inspirar-se e acaba por se desligar também.
Todos nós temos muito a dizer sobre o assunto mas também nada fazemos para alterar a situação (eu incluo-me no grupo). Se o Vitória é nosso, vamos agir como tal e vamos tratar de cuidar dele o máximo possível. A manifestação no Complexo não resultou provavelmente pela falta de adesão dos vitorianos mas daqui a precisamente uma semana podemos fazer melhor e comparecer em força da forma única que só nós conseguimos fazer e discutir o futuro do Vitória, discutir o que está mal e talvez fazer com que a situação seja alterada para o bem de todos nós. No próximo sábado, dia 26, há uma Assembleia Geral com início às 14 horas no Pavilhão do Vitória. Há uma máxima que eu defendo muito quando há eleições e parece-me que adaptada era capaz de se adequar à situação: quem não vota, não tem direito a reclamar. Entendem a ideia? Quem nada faz, de nada deve reclamar. Ir à AG é um direito que nos assiste como sócios pagantes e temos não só o direito de ir como temos também o dever - é do nosso clube que se trata.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

As minhas séries | Wayward Pines

Eu não queria mesmo nada começar a ver outra série, não queria juntar outra às 189258 que já acompanho. Mas não deu e então a escolha recaiu sobre Wayward Pines. Não foi uma escolha demorada, foi mesmo o que calhou e não estava à espera que a escolha corresse bem. Sinceramente, ainda estou dividida.
Nos primeiros 3 ou 4 episódios a série é muito interessante (não que o deixe de ser depois, mas já lá vamos). Passa-se numa pequena localidade chamada Wayward Pines em Idaho, EUA. É uma cidade muito pequena e daquela que parece saída de contos de fadas, só que toda a gente parece ser demasiado estranha.
Ethan Burke (Matt Dillon) é um agente dos Serviços Secretos que é mandado procurar dois agentes desaparecidos. No caminho, tem um aparatoso acidente que o deixa inconsciente. A próxima coisa de que tem memória é acordar no hospital. A partir desse momento, nada sabemos do que é ou não verdade. Até agora, e para mim, tem sido engraçada a descoberta. A partir do 4º ou 5º episódio a série torna-se um bocadinho estranha e acontecem coisas que nos parecem pouco relacionadas com a realidade. Acho que ainda vou descobrir se vale, de facto, as horas perdidas!

Preciso que me ajudem a ajudar

Hoje estive a dar uma arrumação geral ao quarto. Sabia que tinha imensos livros escolares de diversos anos, assim como cadernos. Arquivei tudo numa caixa e resolvi o problema temporariamente. No entanto continua a ocupar demasiado espaço e é desnecessário, até porque não têm nenhuma utilidade para mim. A única solução para não ficar com tudo "encalhado" cá em casa parece-me ser reciclar mas depois pensei que podiam ser úteis para outras pessoas. O problema de os doar para bancos de livros ou a escolas cá em Portugal é que os programas mudaram nos últimos anos, então os livros que eu tenho já não são adoptados por nenhuma escola. Por isso pensei que talvez fossem úteis nos Palop e tentei pesquisar formas de os doar para que sejam entregues em escolas lá. Infelizmente pouco encontrei, só um ou outro site brasileiro - o que não me serve de nada. Por isso e se souberem de alguma coisa contem-me para que eu possa despachá-los o mais rapidamente possível, e de preferência que sejam úteis para mais alguém!

sábado, 12 de setembro de 2015

A coerência é uma coisa engraçada

Lembram-se de ainda à uns dias ter dado a minha opinião relativamente aos pseudo-nacionalistas que se revoltavam com a ajuda que se deve prestar aos refugiados? A pessoa em questão argumentava que podia vir, no meio de tantos refugiados, gente de má índole. A mim parece-me que não vêm no meio dos refugiados, a mim parece-me que algumas destas pessoas já cá estão. Refiro-me à jornalista que decidiu pontapear e agredir os refugiados no meio da reportagem que fazia. Pela mesma lógica acho que é coerente mandar-mos a jornalista para o inferno. A pobre coitada veio dizer que teve um ataque de pânico. Minha cara, se de cada vez que eu tivesse um ataque de pânico desatasse à pancada acho que ninguém falava comigo num raio de 100km. Não faça mais alarido da situação nem envergonhe os seus colegas.

sábado, 5 de setembro de 2015

Só uma coisinha que me está a fazer espécie

Acabei de ver um vídeo de um cantor chamado Marcio Conforti em que este, muitíssimo zangado, dizia que Portugal devia preocupar-se com os seus próprios problemas antes de querer acolher migrantes. Aliás, ele diz muita coisa e eu reservo-me o direito de opinião. Convém ressalvar que nada tenho contra o cantor, tanto é que não o conhecia antes. Pura e simplesmente discordo da sua opinião neste assunto.
A sua opinião é a de que nós, Portugal, temos de "arrumar a casa" primeiro e só depois ajudar os outros. Toda a gente sabe que Portugal tem problemas. A Grécia tem problemas. A Espanha tem problemas. A Europa tem problemas. Isso significa que não podemos ajudar os outros até resolver todos os nossos problemas? Hmm, não me parece que isso faça muito sentido porque dessa forma ninguém pode ajudar ninguém e vivemos num mundo em que é cada um por si e a palavra solidariedade é só mais uma palavra para encher as páginas no dicionário.
Depois diz que "esta palhaçada está virando o Brasil" e que "o Brasil se acabou por causa desta palhaçada" porque só "jogaram lixos para lá". Ora bem, antes de mais é necessário frisar que a pessoa em questão é brasileira... e está a viver em Portugal. Então, o senhor pode vir mas os outros migrantes não? São menores do que o senhor por serem refugiados? São menores do que o senhor porque não têm mais nada do que aquilo que têm vestido? A mim parece-me hipocrisia. Se acha que o mal do Brasil é fruto do multi-culturalismo então não entendo o que está a fazer em Portugal. Certamente que de entre os muitos refugiados que vêm para Portugal, haverá pessoas de má índole mas há sempre esse tipo de pessoas e podem ser encontrados em qualquer lado, independentemente do sítio de onde vêm, da sua classe social ou da sua faixa etária. Por essa lógica, devíamos atirar ao mar toda a gente de má índole em Portugal. É assim que funcionam as coisas? Desconhecia tal método.
Depois há a sugestão: "cada um fica nos seus países e vamos doar". A migração não precisa de uma resposta urgente para ser solucionada, não. Temos tempo para resolver "a coisa" com donativos e com burocracias até porque os donativos feitos até agora já resolveram tudo, todos os problemas do mundo.
De facto não entendo esta reacção, principalmente quando vem de uma pessoa que vive num país que não é o seu. Acolher estes refugiados é de extrema necessidade. E o problema do Brasil não é as pessoas de outras culturas e outras nacionalidades, não, não é. O problema do Brasil é não saber gerir aquilo que tem. O problema do Brasil é gastar milhões de euros num estádio de futebol e não ter um sistema de saúde e infraestruturas capazes de dar resposta aos problemas dos brasileiros. Esse é o problema do Brasil! Como é óbvio os migrantes têm de ser integrados na sociedade e é necessário que haja um plano coerente e sustentável para o fazer e é até compreensível que tenham alguns benefícios no início, até porque eles chegam sem NADA!
Com isto não quero invalidar os problemas dos portugueses nem a crise das famílias portuguesas. Tenho plena noção que há pessoas que passam por sérias dificuldades e que há pessoas sem uma casa e sem comida na mesa no final do dia. Isso é triste, claro que sim. Aperta-me o coração, faz doer cada osso do meu esqueleto. No entanto não podemos descontar isso nos migrantes, porque eles não têm culpa. Talvez seja mais sensato descarregar nos nossos líderes, em quem ganha 10000€ por mês e não sabe se chegará para as despesas. Os problemas de Portugal são graves e são prioritários, mas esta crise migratória é urgente, é a humanidade. E nós nunca seremos lixo ou inferior por sermos solidários com o próximo. Não deixem a humanidade afogar-se, somos todos um!

P.S.: Só uma pergunta... onde estavam estes indignados antes? Ou só se lembraram que há sem-abrigo e pessoas com dificuldades em Portugal agora? Parece-me que talvez os hipócritas e exibicionistas sejam vocês, que não são nada mais nem menos do que pseudo-nacionalistas. Só se lembram do que se passa cá dentro quando os outros pedem pela nossa ajuda. Pensem maior do que isso, sejam mais do que isso. Talvez se um dia se virem obrigados a deixar a vossa pátria para fugir da morte e do terror, com uma ou duas crianças ao colo, que são os vossos filhos, pensem duas vezes em querer ver portas abertas para vos receber ou não. Mais uma vez digo... as palavras ficam para quem as profere.

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

As minhas séries | Mr. Robot, Fear the Walking Dead

Depois de acabar de ver todas as temporadas de Lost, senti que tinha de preencher o vazio deixado por essa série. Todas as outras séries estavam em hiato (parece que decidem todas ao mesmo tempo só para me chatear) e não havia nada novo para ver. Não encontrei nada até à pouco tempo, quando The Last Ship voltou. Depois decidi que queria ver Fear The Walking Dead e logo a seguir outra série se pôs no meu caminho. Ambas as séries começaram este ano.

Fear The Walking Dead
Comecei a ver esta série porque vejo The Walking Dead. Quando ouvi os primeiros comentários pensei que estava perante uma série que visava explicar o começo de tudo, a origem do vírus, como surgiu. Se pensam que a série explica esses aspectos todos então não vejam porque até agora a série não explica muita coisa. Vi os dois primeiros episódios (os únicos lançados até agora) e tenho medo que se transforme em The Walking Dead Part II. Se for assim, deixo de ver. Uma dose de estupidez é suficiente. O que eu queria mesmo ver era como o vírus surge, onde e como começou. A série mostra a vida de uma família com problemas, como qualquer outra, quando a cidade entra em pânico sem conhecimento daquilo que verdadeiramente se passa. Percebemos então que a mudança vai ser mais rápido do que aquilo que todos previam.

Mr. Robot
Estou completamente viciada nesta série. Acredito que é difícil não ficar viciada. É sensacional, moderna, bem construída e mais do que isso tudo, é original. A excelente performance de Rami Malek também ajuda para querer continuar a ver a série e ver sempre mais. Elliot é um inadaptado social que durante o dia trabalha como cyber-segurança e à noite é um hacker pronto a denunciar o pior e o mais escondido de quem deve estar atrás das grades. É metódico, consome morfina mas nunca ultrapassa o limite a que se impôs e toma outros comprimidos para evitar ficar com sintomas de viciado. Elliot vê-se num dilema: pode proteger  o principal cliente da empresa onde trabalha e que ele vê como sendo o mal do mundo ou então pode juntar-se à fsociety, um grupo de hackers que quer fazer do mundo um sítio melhor acabando com a corporação mais poderosa do mundo. A juntar a tudo isto, tem uma banda sonora tão boa que é como se fosse uma personagem. Acredito que é uma das melhores séries este ano!

Para vos manter informados...

How To Get Away With Murder - a 2ª temporada inicia-se daqui a precisamente 20 dias, a 24 de Setembro

Bones: a 11ª temporada (é verdade, já estamos com o Booth e a Bones à 11 anos!) começa a 1 de Outubro e eu já não posso esperar!

Suits: a 5ª temporada acabou com muitas emoções à pouco tempo e eu estou mais do que curiosa para saber o que aí vem, mas tenho muito que esperar. A 6ª temporada já foi renovada mas só devemos ter notícias lá para o meio de Junho de 2016

Scandal: estreia no mesmo dia de How to Get Away with Murder. Quem é que não gosta de uma dose dupla ãh?

The Walking Dead: os mortos-vivos também já estão quase a chegar, é só ter um bocadinho de paciência até 11 de Outubro.

Para além destas séries, também acompanho The Last Ship. A 2ª temporada foi lançada em Junho mas só comecei a ver agora.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

O (nosso) Vitória não é deles

Já não falo do Vitória aqui no blogue à muito tempo. Não porque gosto menos do Vitória ou sou menos vitoriana. Só por falta de oportunidade e porque falar do Vitória nem sempre é fácil, pela simples razão de que o facto de ser um assunto tão pessoal para mim ser fácil perder o objectivismo daquilo que pretendo dizer e falar mais com o coração do que com a razão. Se calhar sou demasiado apaixonada. Não é um defeito, longe disso. Se todos os adeptos gostassem tanto do seu clube como eu gosto do meu Vitória podem ter a certeza de que o futebol era uma coisa muito melhor e mais bonita.
Por já não escrever aqui à séculos já perdi o timing para falar de algumas coisas importantes. Podia ter expressado a minha opinião sobre a contratação de Armando Evangelista, podia ter falado sobre a segunda metade da época passada. Não falei sobre nada disso. Mas continuam a haver assuntos importantes a abordar.
Quando Rui Vitória saiu para o Benfica fiquei triste, gostava do projecto que o Vitória estava a levar a cabo, a aposta em jogadores jovens de nacionalidade portuguesa. Sempre gostei da forma como liderava a equipa, a forma como aproveitava o melhor dos jogadores e a classe que sempre teve. Como é óbvio gostei muito da conquista da Taça de Portugal. Desnecessário será dizer que o legado que deixava não era fácil, era um lugar muito difícil de preencher. Não só para mim, estou em crer. 
Quando anunciaram a contratação de Armando Evangelista fiquei dividida, não sabia muito bem se era uma boa ou uma má notícia. Dei-lhe o benefício da dúvida, achei que apesar da falta de experiência podia ser uma boa aposta para dar continuidade ao projecto que Rui Vitória tinha iniciado. Se alguém conhecia bem a equipa B e sabia quem estava mais capacitado para ascender à equipa principal seria ele, que estava no comando da equipa B na época anterior. Preferi esperar para ver antes de tecer qualquer opinião.
Esperei e vi. Da pré-época só vi o jogo contra o Fenerbahçe, em Istambul. Não foi um resultado minimamente positivo e o Vitória não apresentou um futebol fascinante. Continuei a dar o benefício da dúvida, era o início e a equipa ainda se estava a entrosar e a conhecer. Tinham saído jogadores importantes, então compreendi. Sempre na expectativa de que o Vitória só iria melhorar a partir daí e que os resultados e o bom futebol iam aparecer. 
Antes de avançar, convém dizer que na pré-época o Vitória defrontou adversários tecnicamente mais fracos. Adversários mais fracos do que aqueles que o Vitória ia enfrentar. O que estou a tentar dizer é que acho que a pré-época devia ter sido melhor preparada e (com todo o respeito pelos adversários que o Vitória defrontou) devia ter sido preenchida com equipas mais desafiadoras e com mais capacidades, de forma a ver verdadeiramente como estava o Vitória e o que faltava ao plantel. Apesar disto os resultados não foram espectaculares e o Vitória chegou inclusive a perder 3-0 com o Chaves.
Depois veio o sorteio para a pré-eliminatória da Liga Europa, calhou-nos o Altach da Áustria. Era uma equipa que eu desconhecia, nunca tinha ouvido falar deles antes. Depois de fazer o meu trabalho de casa fiquei satisfeita. Fiquei com a ideia de que era uma equipa acessível ao Vitória e acreditei piamente que o Vitória ia ultrapassar este obstáculo com relativa facilidade e com todo o respeito pelo adversário. O Altach é um clube que, apesar de ter ficado em 3º lugar da tabela classificativa, andava pela segunda divisão e fazia a sua primeira participação europeia. Ditou o sorteio que a primeira mão fosse jogada na Áustria. Muito bem, prefiro assim. O jogo não ia ser na casa do Altach, ia ser num estádio emprestado a mais de 100km do seu estádio. Melhor ainda, assim não jogam no seu terreno, não têm a vantagem do factor casa e estão quase tão desconfortáveis como nós. Não foi fácil. Apesar de o Altach não praticar um futebol espectacular nem nada parecido e de se notar que não tinha um plantel cheio de qualidade individual, o Vitória perdeu. Continuei a acreditar. Que atire a primeira pedra quem não comete deslizes. Depositei a minha fé na segunda mão. Afinal, íamos jogar na nossa casa com uma boa casa, com os nossos adeptos em peso. Mais uma vez, estava enganada. Completamente enganada. Fomos goleados em casa por uma equipa que é claramente inferior à maioria das equipas do nosso campeonato. No entanto, uma equipa que luta e se esforça e que, juntos, conseguiram o apuramento. Merecido! No final restou aplaudir-me os adversários porque o respeito e o fair-play é uma coisa bastante bonita, apesar de alguém "ter a certeza de que íamos passar".
O inicio do campeonato não foi melhor. Primeiro fomos ao Dragão. Estou consciente de que não é um estádio onde é fácil jogar, contra uma equipa que é sempre candidata ao título e que está recheada de bons jogadores. No entanto não é inacessível ou impossível lá ganhar, não jogamos contra um colossal Porto. Isso foi notório quando o Vitória conseguiu superiorizar-se ligeiramente no início da segunda parte. No entanto, não conseguiu aproveitar as oportunidades que ia tendo e cometeu alguns erros. Coisa que o Porto não fez, conseguiu aproveitar bem as suas oportunidades e acabou por conseguir um resultado expressivo.
Depois tivemos o Belenenses. O Belenenses a quem também tinha calhado o Altach nas competições europeias, e o Belenenses que conseguiu uma vitória na Áustria. O resultado foi um empate e o Vitória perdeu dois pontos. Era um jogo importante para a equipa e para os adeptos. Depois da eliminação da Europa e da derrota no dragão, precisávamos de uma vitória para serenar o ambiente e para dar confiança à equipa. Infelizmente não foi assim, e o resultado correspondeu àquilo que se viu em campo. Foi para estar de acordo com o tempo, um Agosto com sabor a Janeiro.
A terceira jornada ditou-nos uma viagem à Madeira, para disputar o recém-chegado União da Madeira. O União ainda só tinha jogado com os seus "vizinhos": somava uma vitória em casa contra o Marítimo e uma derrota com o Nacional. No total tinham 3 pontos e o Vitória apenas 1. Nada que me preocupasse muito, afinal o líder do campeonato era o... Arouca. Achei que agora é que era e que agora é que o campeonato ia começar para nós. Acabei por ficar desiludida. Futebol pobre, sem ideias, sem nada novo. O resultado foi mais um empate. Desta vez olhei para as coisas de outra perspectiva: se calhar não foram 2 pontos perdidos, foi 1 ponto ganho.
Agora vamos ao cerne da questão, aliás, ao cerne deste post. Se no início da época dei o benefício da dúvida a Armando Evangelista, agora acho que foi uma péssima aposta da direcção. Talvez fosse o caminho mais natural, subir alguém que já estava por dentro do projecto e talvez fosse também o caminho mais fácil e mais "barato". O problema é que o caminho mais fácil nem sempre é o melhor. Hoje digo que o AE não é treinador para o Vitória. Não agora! Talvez seja daqui a uns anos, quando ganhar estofo e experiência para ser treinador. Ao contrário do que muitos possam pensar, ser treinador não se limita a escolher o melhor onze e a melhor técnica para pôr dentro das quatro linhas. Não, longe disso. Ser treinador é ter mais para além disso. É saber motivar a equipa, porque afinal são um conjunto de seres humanos e saber espremer o melhor de cada um deles. É dar a cara quando as coisas correm mal. Armando Evangelista não o faz, não o sabe fazer. No jogo contra o Altach foi o primeiro a abandonar o relvado, não quis esperar pelos seus jogadores. O seu discurso é pobre e é cobarde. Antes da segunda mão do jogo contra o Altach afirmou que tinha a certeza de que íamos passar. Revelou arrogância e falta de respeito pelo adversário. Desde aí as suas declarações não variam muito: usa a carda dos adeptos. Repete de vinte formas diferentes que nós somos uma massa associativa muito especial e que somos únicos. Caro Armando, não precisas de dizer porque isso nós já sabemos. Muito obrigada! Para além da carta dos adeptos, também decidiu dizer que "os jogadores estão com problemas psicológicos". Só uma pergunta, serão mesmo os jogadores Sr. Armando?
Há uma célebre frase americana que já foi mote para um ou outro filme. Fake it until you make it. Não vou traduzir literalmente a frase, vou antes dizer que é uma atitude que se adopta quando se quer alcançar alguma coisa. Por exemplo, mesmo que tenhamos pouca confiança, se agirmos como se fossemos pessoas muito confiantes vamos acabar por ser. Obviamente que há limites e não se pode adoptá-la literalmente, de forma a prejudicar-nos ou a prejudicar outros. Mas a ideia está lá: fake it until you make it. Este início de parágrafo já parece outro post mas não é, tem um propósito. Vou só acabar o meu raciocínio. Para além desta frase americana muito célebre, podemos também falar da lei da atracção. A lei da atracção é uma energia que, para ser trabalhada, se desenvolve em quatro passos: temos de saber o que queremos, temos de pensar nisso com frequência, temos de sentir e comportar como se o nosso desejo já estivesse satisfeito e estar pronto para o receber. De forma geral, se evitarmos os pensamentos negativos o universo manifesta-se a nosso favor. Não concordo totalmente com isto, mas concordo em parte. Porquê esta conversa toda? Ontem, Júlio Mendes deu a entender que o objectivo do Vitória era a manutenção, nem que fosse um ponto acima da linha de água. É isto que é o Vitória? Um clube que tem como objectivo manter a manutenção? O Vitória nunca foi isso, o Vitória sempre foi um clube que lutou por mais. Não vai à muito tempo que ouvi o mesmo Júlio Mendes dizer que o seu objectivo era levar o Vitória à Champions League. E assim de repente o objectivo é só a manutenção? Não consigo entender. 
No início da época Júlio Mendes realmente afirmou que queria "uma época tranquila". Não sei o que vocês querem, mas eu vejo como épocas tranquilas as que fazem a Académica ou o Arouca. Com todo o respeito, mais uma vez, não é esse o tipo de épocas que o Vitória deve ter em mente. O Vitória sempre lutou pelos melhores lugares, pelo acesso à Liga Europa e até mesmo à Champions. Porque não? Por isso, não gosto quando alguém faz do Vitória aquilo que ele não é. O Vitória não é "frágil", não é um coitadinho a quem ninguém quer pegar. Treinar o Vitória é, e sempre foi, uma honra e uma responsabilidade. Por muitos problemas financeiros que tenha é um clube, e sempre foi, com prestígio e com nome. Por isso mesmo, eu tenho as minhas dúvidas quando dizem que ninguém queria vir para o Vitória.
Sou totalmente a favor da aposta num crescimento sustentável. E regredir não é crescimento. Por isso, lutar pela manutenção não é crescimento. Por ser a favor da aposta num crescimento sustentável, fui sempre apoiante desta direcção que sempre me pareceu ter bom senso e saber aquilo que faz. Não fui, no entanto, apoiante da SAD. Nunca quis que o Vitória aderisse à SAD. Não sou é desprovida de opinião e de pensamento próprio e portanto não concordo com tudo aquilo que a direcção faz e/ou diz. Não gosto deste discurso derrotista. Não gosto deste discurso que nos faz parecer frágeis e delicados. Não é isso que o Vitória é. O que acho é que a direcção deve admitir agora, antes que seja demasiado tarde, que fez uma má escolha. O Vitória precisa de mudar de treinador porque já todos vimos o campeonato sofrível que vamos ter pela frente se continuarmos com o Armando Evangelista ao comando da equipa principal. Do que já vi e já li, alguns adeptos sugerem Sérgio Conceição e o que eu tenho a dizer é que não, nem sequer deve ser uma opção considerável. É um homem de baixo carácter e que já atacou inúmeras vezes o Vitória. Nem sequer consigo identificar o ADN vitoriano em nada daquilo que ele fez até agora. Paulo Bento? Talvez, parece-me uma opção. Apesar de me parecer uma opção eu tenho sérias dúvidas de que alguma coisa vá ser alterada, principalmente depois das declarações de ontem em que Júlio Mendes se afirmou orgulhoso em ter dois treinadores vimaranenses e vitorianos. Parece-me, assim só como quem não quer a coisa, que é preciso mais do que isso para ser treinador do Vitória. No entanto, se virem que é o único requisito podem contactar-me... ao menos fazemos história com a primeira treinadora feminina aos comandos de um clube da Primeira Divisão. E agora estou como o Tirica... pior do que está não fica!
Para terminar, e porque já escrevi mais do que aquilo que planeava e que vocês vão ler, quero só responder a quem tem dúvidas de que o Vitória é nosso. Não consigo perceber o que o leva a ter dúvidas, mas sim, o Vitória é nosso. É nosso e há-de ser! Podem, por vezes, querer tirar o Vitória de nós. Só que não conseguem. O ADN vitoriano é nosso, o amor é nosso, a paixão é nossa. E isso ninguém nos tira. O Vitória não é tachos e tachinhos. Nunca foi. Não é agora que alguém vai fazer do Vitória isso. Se é vitoriano como tanto afirma, siga o meu conselho e peça a demissão. Já está na hora, não acha?
Esta situação preocupa-me e acredito que preocupe alguns vitorianos. Não podemos é baixar agora os braços e adoptar a atitude de que "enquanto tiverem este treinador não pago as quotas" ou "enquanto o Vitória estiver assim não vou ao estádio". Se calhar, mais do que nunca é preciso ir ao estádio e pagar as quotas. Mais do que nunca é preciso a união de todos os adeptos para que eles percebam que o Vitória não é deles, mas é nosso. Se precisamos de protestar? Sim, precisamos. De forma ordeira e nas nossas cadeiras. O Vitória é, sempre foi e sempre será, maior e melhor do que aquilo que querem fazer dele.